FOTO: Agência Brasil |
Filho
mais velho de Bolsonaro, o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) disse na
sexta que seu pai, "inevitavelmente", não vai poder mais fazer
campanha de rua. Flávio admitiu a possibilidade de os filhos representarem o
pai em agendas externas.
"Vou
tratar disso com ele amanhã (sábado), porque hoje (sexta) foi um dia cansativo
para ele. Mas é inevitável, ele não vai mais poder fazer campanha em rua e vai
usar os canais dele nas redes sociais", afirmou Flávio.
A
equipe médica que cuida do presidenciável não deu estimativas de quando o
político terá alta ou poderá retomar suas atividades normais, mas cirurgiões
ouvidos pela reportagem avaliaram que será difícil voltar a fazer atos de rua
antes da primeira fase da disputa presidencial. Isso porque, em casos
similares, o paciente só é liberado para retornar ao trabalho no período de um
a dois meses.
A
cautela se justifica pela extensão da cirurgia e pela realização da colostomia
(exteriorização do intestino grosso para a criação de uma saída para as fezes
na parede abdominal), o que requer o uso de uma bolsa de coleta do material
fecal. A equipe médica do candidato do PSL estima que ele deverá permanecer com
a bolsa de colostomia por dois meses.
"Assumindo
que tudo corra bem, o paciente costuma ficar pelo menos uma semana internado e
cerca de um mês afastado. No caso de um indivíduo como ele, que estava fazendo
agendas no meio da multidão, acho difícil a retomada desse tipo de atividade
antes de quatro semanas", disse Guilherme Cotti, cirurgião do Instituto do
Câncer do Estado de São Paulo.
O
gastrocirurgião Eduardo Grecco, da Faculdade de Medicina do ABC, concordou que
seria imprudente retomar agendas públicas antes do primeiro turno. "Ele
deverá ficar um mês em repouso, podendo sair para pequenos trajetos. Isso o
impossibilitaria de fazer campanha até o primeiro turno." (Estadão)
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