FOTO: Alana Soares |
Todos com o primeiro nome de "Élder" para identificar sua hierarquia básica dentro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, os rapazes encaram uma rotina rígida: acordam às 6h, se alimentam e se exercitam "para manter o corpo saudável, que é nosso templo"; às 8h estudam; às 10h estão na rua, batendo nas portas, procurando espalhar a palavra do Senhor e "ajudar as pessoas a encontrarem o caminho", que é sua missão; almoçam na casa das irmãs de fé e retornam às ruas até 21h, quando param e descansam.
Esse é o dever dos jovens missionários em todas as 407 missões atualmente em andamento ao redor do mundo: voluntariamente dispor seu tempo, vigor e trabalho para espalhar o evangelho de Jesus Cristo. Por anos se preparam e até mesmo economizam finanças para realizar a missão que varia de 24 meses (para homens) a 18 meses (para mulheres).
A
missão requer abdicação da família, dos amigos, do lazer, de namoro e da terra
natal. Sem acesso a celulares, televisão, computador, eles se afastam de
qualquer outra forma de entretenimento que possa desviar o foco. "É uma
missão em tempo integral. Não podemos perder tempo", esclarece o
estadunidense Élder Facer, 20, em português afetado.
Dos obstáculos encontrados, a culinária e o idioma prevalecem sob o calor. Com marcas de insolação nas bochechas, o jovem Jibson, 20, denuncia a estranheza que foi se deparar com arroz e feijão todos os dias. "É muito diferente dos Estados Unidos. Minha mãe adora fazer massas e quase nunca comemos arroz", diz.
Dos obstáculos encontrados, a culinária e o idioma prevalecem sob o calor. Com marcas de insolação nas bochechas, o jovem Jibson, 20, denuncia a estranheza que foi se deparar com arroz e feijão todos os dias. "É muito diferente dos Estados Unidos. Minha mãe adora fazer massas e quase nunca comemos arroz", diz.
Mas o que realmente impressiona os rapazes é o jeito cearense de ser: entre a graça, a boa receptividade e a intolerância. Com cabeça baixa, lembram episódios de gritos ao bater portas, xingamentos gratuitos nas ruas, ameaças e até mesmo cuspe o jovem gaúcho Élder Marques já recebeu.
O que acontece depois? "Erguemos a cabeça e batemos em outra porta", determina Élder de Souza, ao passo que Facer completa: "Para achar alguém que não cuspa na gente". (Site Miséria)
Trabalho perfeito. Ouçam esses jovens.
ResponderExcluirSe não gosta da mensagem, respeitem....
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