Lucélia usa canal no YouTube para contar detalhes do
seu dia a dia, como o fato de morar distante da família
A jovem Lucélia dos Santos nasceu na Zona Rural de Jardim, em uma localidade onde até pouco tempo era difícil estar conectado com o mundo digital. Porém, ao ingressar no curso superior de Engenharia Ambiental, ficou fascinada com as possibilidades do mundo cibernético e decidiu criar um canal no YouTube para mostrar o dia-a-dia dela. No Oxê Minina, Lucélia fala dos desafios de morar longe da família, da rotina de uma estudante universitária e dos preconceitos que enfrentou e enfrenta devido a uma deficiência nas pernas, até hoje sem diagnóstico médico. 

O Oxê Minina conta, atualmente, com mais de meio milhão de inscritos e mais de dois milhões de visualizações. A maioria dos inscritos são pessoas de outros estados e até de outros países, como Austrália e Canadá. “Eu criei um canal em 2014, mas tive um problema na plataforma e ele foi excluído. Comecei tudo novamente e, desta vez, fiquei impressionada com o crescimento do canal. Tinha dia que eu contabilizava mais de 10 mil inscritos e, atualmente, são mais de meio milhão de inscritos”, conta a estudante Lucélia dos Santos. 

Lucélia mora em uma casa simples e faz questão de mostrar a realidade dela, o que faz com que muitos seguidores se identifiquem e gostem do canal. Além disso, a jovem - que já passou por vários obstáculos - quase sempre está com um sorriso estampado no rosto e leva aos seus seguidores mensagens de otimismo e determinação. “É uma troca, eu recebo muitas mensagens carinhosas e busco transmitir otimismo para os meus seguidores. Assim como tem dias que eu preciso de força para seguir em frente, eles também precisam”, comenta a Youtuber. 

A jovem, além de sonhar em chegar ao número de um milhão de inscritos, tem outros objetivos. Um deles é conseguir o diagnóstico e tratamento para a deficiência nas pernas. “Há mais de 20 anos, eu e minha família estamos em busca de descobrir o que eu tenho nas pernas. Elas são tortas e, às vezes, dói quando caminho. O meu sonho é que algum médico descubra o que tenho e que diga como posso tratar o problema. Já sofri muito preconceito por conta da minha deficiência. No canal falo um pouco sobre as experiências que tive e recebo muito apoio”, conta Lucélia dos Santos.    (Jornal do Cariri)

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