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FOTO: Pedro Ventura |
Segundo
Argemiro, a criação de um programa social era um dos objetivos que tinha em
mente para a atual gestão. O prefeito conta que sempre via barbalhenses em
busca de auxílios na Secretaria Municipal de Assistência Social. Alguns deles
ainda mantêm a prática rudimentar de cozinhar em fogões à lenha. “Tanto é ruim
para a respiração de crianças e idosos, como é um perigo de incêndio que vamos
combater”, diz.
Durante
os próximos quatro meses, a Prefeitura fará um levantamento para conhecer a
realidade de famílias que se enquadram nos requisitos do programa: aquelas que
estejam na faixa de pobreza e extrema pobreza. Ou seja, com renda per capita
inferior a um sexto do salário mínimo (totalizando R$ 159). Serão atendidas,
inicialmente, 1.200 famílias, que deverão se cadastrar no programa.
“Na
primeira etapa, a pessoa vai receber uma recarga de gás a cada 60 dias, que é o
que dura um botijão em uma família pequena. O valor é em torno de R$ 70 reais e
as pessoas vão receber gratuitamente. Com a ajuda do Bolsa Família, já teremos
um pré-requisito e já vamos saber, mais ou menos, qual a renda per capita
dela”, conta Argemiro.
Conforme
o prefeito, beneficiários do programa federal também vão poder se cadastrar no
programa municipal, “contanto que ela tenha renda per capita de até o máximo de
um sexto do salário mínimo”, explica. A manutenção do programa será por meio de
recursos municipais, estimada em R$ 800 mil anuais.
Contra
críticas de assistencialismo, Argemiro enfatiza que outras ações vão acompanhar
o Vale Gás Barbalha, como a inclusão em outros projetos do Município, a exemplo
de um que contribui na busca ativa por empregos. “Se Deus quiser, vamos
aumentar o número de famílias contempladas até que eles arrumem um emprego,
saiam da faixa de pobreza e pobreza extrema e, com isso, possam dar a vaga para
outra família mudar de vida”, conclui.
Emendas
O
bloco de oposição apresentou emendas que “corrigem deficiências, evitam
politicagem, dão transparência e legitimam o projeto”. Mesmo não se opondo ao
projeto, Dorivan Amaro (PT) opina que o Vale Gás Barbalha pode ser usado como
instrumento para fazer política, com base nas necessidades de barbalhenses.
“Como
vamos dar garantia de que esse projeto não pode ser usado para fazer
politicagem no futuro, ou por A ou por B?”, indagou. “A partir do momento em
que a empresa não tenha a responsabilidade de entregar o botijão na casa e que
deixem isso em aberto, se a Assistência Social quiser entregar casa por casa,
fazendo uma politicagem, ela pode fazer, família por família, casa por casa,
pessoa por pessoa”, finaliza o parlamentar. (Jornal do Cariri)
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