FOTO: Wilson Dias
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O
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério
da Educação (MEC), criou nesta quarta-feira (20) um grupo que será responsável
por decidir
as questões que entrarão ou não no Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem).
A medida consta de portaria publicada no Diário Oficial da União.
O
grupo é composto pelo secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior
do MEC, Marco Antônio Barroso, pelo diretor de Estudos Educacionais do Inep,
Antonio Maurício das Neves, e por Gilberto Callado de Oliveira, representante
da sociedade civil.
Eles
serão responsáveis por recomendar a não
utilização de itens na montagem do exame, mediante
justificativa. A análise passará depois pelo diretor de Avaliação da Educação
Básica, Paulo Cesar Teixeira, que deverá emitir um contra parecer para cada um
desses itens. A decisão final da utilização ou não caberá ao presidente do Inep, Marcus
Vinícius Rodrigues.
A
portaria estipula o prazo de
dez dias para que isso seja feito. A comissão terá acesso
ao ambiente de segurança onde é elaborado o exame.
"Os
especialistas da comissão são nomes reconhecidos e que podem contribuir para a
elaboração de uma prova com itens que contemplem, não apenas todos os aspectos
técnicos formais, mas também ecoem as expectativas da sociedade em torno de uma
educação para o desenvolvimento de um
novo projeto de País", diz, em nota, o presidente do Inep.
Elaboração
dos itens
Os
itens do Enem são elaborados por especialistas selecionados por meio de chamada pública. Eles devem
seguir as matrizes de referência, guia de elaboração e revisão de itens
estabelecidos pelo Inep. Os itens passam, então, por revisores e depois por
especialistas do Inep.
Finalmente,
são pré-testados em aplicações feitas em escolas. O processo é sigiloso e os
estudantes não sabem que estão respondendo a possíveis questões do Enem. Com a
aplicação, avalia-se a dificuldade, o grau de discriminação e a probabilidade
de acerto ao acaso da questão. Os itens aprovados passam a compor o Banco Nacional de Itens,
que fica disponível para aplicações futuras do Enem. Segundo
Rodrigues, como a elaboração de um item é um processo longo e oneroso, nenhum
será descartado. As questões dissonantes serão separadas para posterior
adequação, testagem e utilização, se for o caso.
Datas do
Enem
Este
ano, o Enem será aplicado nos dias 3
e 10 de novembro. As inscrições estarão abertas de 6 a 17 de
maio.
Entre
1º e 10 de abril, os estudantes poderão pedir isenção da taxa de inscrição.
Nesse mesmo período, o Inep vai receber as justificativas dos que faltaram às
provas em 2018. (Agência Brasil)
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