FOTO: Alana Soares |
O
projeto encabeçado por instituições do Cariri visa reflorestar o Parque por
meio do plantio de mudas de plantas nativas e frutíferas e o uso de bombas de
semente (pequenas bolas com húmus, argila e sementes), além de acompanhar o
reflorestamento natural. No incêndio, estima-se que tenham sido afetados mais
de cinco hectares do Parque, uma área de 53.500 m².
O
gestor em exercício do parque, Jorge Macedo, esclarece que o processo de recuperação
leva diversos fatores em consideração. "As áreas serão recuperadas a
partir de processos que garantam o desenvolvimento da cobertura vegetal
adaptada ao ambiente, associando essa restauração à preservação dos recursos
hídricos, à paisagem, à biodiversidade, à produção do solo e à fauna e à
flora".
O
campus do Instituto Federal do Ceará (IFCE) no Crato conduzirá uma pesquisa
sobre os principais métodos de reflorestamento em parte do terreno atingido
pelo fogo. "Em dois anos, a gente planeja dar a resposta à comunidade de
como se deu a recuperação da área", explica o coordenador da pesquisa, o
professor Gauberto Barros.
O
IFCE acompanhará a evolução de uma área de 2.700 metros, que foi dividida em
plantio de mudas, bombas de semente e reflorestamento natural. Segundo Barros,
a própria natureza já está se encarregando de recuperar a devastação causada
pelo fogo. Ontem, alunos do IFCE realizaram o plantio de mudas nativas e
frutíferas no local.
"A
gente está muito otimista, visto que logo após o incêndio ocorreram algumas
chuvas na região que facilitaram muito a germinação de sementes e a recuperação
de árvores que sofreram danos. Observando hoje, notamos uma recuperação natural
bastante expressiva. É a resiliência da natureza, a tentativa de voltar ao
estado normal".
Jorge
explica ainda que, para evitar novos incêndios, o monitoramento do Parque será
ampliado, principalmente no período mais seco. Os visitantes também serão
orientados sobre comportamentos que devem ser evitados no Sítio Fundão. (Diário do Nordeste)
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