Ricardo Vélez Rodríguez foi indicado por Olavo de Carvalho para o comando do MEC |
O
ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, promove uma dança das cadeiras
na Pasta desde a semana passada. A iniciativa causou uma crise por causa da
disputa entre grupos de influência no MEC. As mudanças foram publicadas em
edição extra do Diário Oficial, na noite desta segunda.
Dos
discípulos de Olavo de Carvalho, saíram oficialmente o chefe de gabinete do
MEC, Tiago Tondinelli, e o assessor especial do ministério, Sílvio Grimaldo de
Carvalho. Já a saída de Roquetti foi uma exigência de Bolsonaro, após ataques
do grupo olavista. Nas redes sociais, ele foi alçado como responsável pela
suposta perseguição a ex-alunos de Olavo. Ele tinha o cargo de diretor de
programa, mas era um dos principais assessores.
Outro
diretor de programa do MEC, o tenente-coronel Claudio Titerics, foi demitido.
Completam o grupo de exonerados o adjunto da Secretaria-Executiva, Eduardo
Melo, e um diretor da Fundação Joaquim Nabuco, Tiago Diniz.
A
saída de Diniz da Joaquim Nabuco abriu espaço para a nomeação de Robson Santos
da Silva, que também era um assessor próximo do ministro.
A
crise no MEC começou com uma carta do ministro que pedia que o slogan de
campanha eleitoral do presidente fosse lido nas escolas e que as crianças
fossem filmadas cantando o Hino Nacional. A medida foi duramente criticada por
educadores, juristas e até pelo movimento Escola sem Partido. O Ministério
Público Federal pediu explicações do ministro, que acabou reconhecendo o erro e
voltando atrás duas vezes.
'Limpeza'
"O
Ministro Vélez deu um sinal de compromisso com o projeto que o colocou lá e com
a vontade popular ao demitir o Coronel Roquetti, mas precisa concluir a limpeza
e tirar todo mundo que foi colocado lá pelo Roquetti. Diante de uma operação de
infiltração como essa, ninguém pode ser poupado. É preciso mandar todos para a
rua, a começar com o tal Tozi, que estava capitaneando a operação com o
Roquetti", comentou Olavo, nesta segunda nas redes sociais.
Tozi,
a quem ele se refere, é o secretário-executivo do MEC, Luiz Antonio Tozi. O
escritor disse que a escolha do número 2 da Pasta foi o "primeiro Cavalo
de Troia no ministério", por ser ele "ligado ao ensino técnico e ao
PSDB". (Diário do Nordeste)
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