No
lançamento da biografia autorizada, o cantor e compositor Raimundo Fagner disse que
foi "muito difícil" a relação com o parceiro Belchior, com quem
dividiu a música "Mucuripe"
(1970). Fagner considera Belchior um ídolo, mas
declarou que o sobralense se sentia responsável por ele no começo da
carreira e tinha "um medozinho" do seu sucesso.
As
declarações foram dadas durante bate-papo com
fãs na noite desta terça-feira (16), na Livraria Cultura, na Aldeota, onde
posteriormente autografou o livro "Raimundo
Fagner: Quem me levará sou eu" (Editora Agir). O
compositor também relembrou parcerias e relações com outros nomes da música brasileira.
"Ele
(Belchior) tinha um medozinho de mim. Sabia que meu sonho ia longe e começou a
me podar. Belchior foi a pessoa que mais fez bullying comigo", brincou o
cantor, que declarou ainda que considera "Mucuripe" a música "mais emblemática" de toda
a sua vida.
Segundo Fagner,
a maturidade dos dois era diferente, o que, na avaliação dele, pode ter
sido a razão para as constantes brigas, classificadas como
"homéricas". "Brigas mesmo de porrada",
afirmou. "A gente tinha uma diferença de idade. Eu devia ser
muito menino e ele já vinha com outra cabeça", considera.
O
cantor lamentou a morte precoce do compositor e por não ter tido
oportunidade de compor mais com o parceiro musical. "Ele foi o
compositor mais importante dos mais importantes da música brasileira e para
gente aqui foi uma história espetacular. Não podia morrer tão cedo",
disse.
Outros
nomes
Ao lado da jornalista Regina Echeverria, que escreveu a biografia, o cantor também relembrou que Roberto Carlos cobrava dele músicas mais populares, o que era um desejo do próprio Fagner. "Queria carir num mundo mais popular. Eu estava muito bem na rádio FM, mas queria a AM, porque tocava mais com o povão. Tive uma conversa sobre isso com o Roberto (Carlos), em Los Angeles. Ele sempre cobrava isso de mim", diz, ao comentar em seguida que foi em "Revelação" (1978) que a popularização se concretizou.
Ao lado da jornalista Regina Echeverria, que escreveu a biografia, o cantor também relembrou que Roberto Carlos cobrava dele músicas mais populares, o que era um desejo do próprio Fagner. "Queria carir num mundo mais popular. Eu estava muito bem na rádio FM, mas queria a AM, porque tocava mais com o povão. Tive uma conversa sobre isso com o Roberto (Carlos), em Los Angeles. Ele sempre cobrava isso de mim", diz, ao comentar em seguida que foi em "Revelação" (1978) que a popularização se concretizou.
Sobre
a relação com Chico
Buarque, Fagner afirmou que ele "foi um grande
parceiro" e percebeu que tinha melhorado na popularidade quando passou a
ser abordado na rua ao lado do carioca. "Num determinado momento, eu
começava a andar com ele (Chico) e as pessoas só pediam autografo a mim. Você
fica constrangido", relembrou.
Álbum
Em entrevista, o cantor se disse em uma nova fase da vida ao ter a oportunidade de assinar um livro. "Sempre fiz isso com disco", brinca.
Em entrevista, o cantor se disse em uma nova fase da vida ao ter a oportunidade de assinar um livro. "Sempre fiz isso com disco", brinca.
Segundo
ele, a biografia acende uma expectativa do público por ser o primeiro produto
dele após quatro anos sem lançar novo álbum, o que deve ocorrer ainda este ano,
quando ele completa 70 anos. Fagner prepara um novo trabalho de inéditas com
parcerias de compositores como Fausto Nilo, Renato Teixeira e Clodo Ferreira.
"Além do interesse sobre a minha história, de muitas passagens, de gente
de conectei, contei, produzi, o livro abre uma lacuna para o disco que já estou
preparando", contou.
(Diário do Nordeste)
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