FOTO: Gazeta do Cariri
Segundo dados da Universidade Federal do Ceará (UFC), 80,7% dos alunos de universidades federais do Estado (incluindo UFC, Unilab e UFCA) têm renda familiar per capita inferior a 1,5 salário mínimo. Ou seja, oito a cada dez estudantes dessas instituições estão incluídos no perfil de vulnerabilidade social do governo.

Na última cerimônia de colação de grau da Universidade Federal do Cariri (UFCA), em março deste ano, o reitor, Ricardo Ness, confirmou os dados, afirmando que 80% dos estudantes da instituição estão incluídos como baixa renda na classificação do governo.

No último dia 30, a UFCA sofreu um bloqueio em quase 30% no seu orçamento,valor que equivale a 8,8 milhões de reais. No entanto, já havia sofrido com um primeiro bloqueio no valor de quase 10 milhões. Quando somados, os dois chegam a 47% do orçamento total da Universidade.

Com o déficit, a UFCA teme pela continuação de seu pleno funcionamento. Não só a instituição de ensino caririense, como outras universidades federais vem sofrendo com redução no orçamento. A Universidade Federal Fluminense (UFF), a Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade de Brasília (UNB) foram as primeiras terem o orçamento bloqueado em 30%.

A maior instituição federal de ensino no Ceará, a UFC, que teve corte de até R$ 46,5 milhões anunciado pelo governo, confere hoje ações de assistência estudantil a 7.618 alunos, cerca de 25,4% de todos os matriculados em cursos de graduação da instituição. Ou seja, mais de 50% dos alunos com perfil de vulnerabilidade já não têm como ser assistidos atualmente devido a limitações orçamentárias. Entre essas ações de assistência estão bolsas de iniciação acadêmica, manutenção da residência universitária, auxílio moradia, auxílio-creche e auxílio-alimentação. Como o MEC ainda não detalhou as rubricas que serão impactadas por possíveis cortes, a UFC vive hoje uma indefinição sobre o impacto de possíveis contingenciamentos na concessão desses benefícios.

A proporção de alunos no perfil de vulnerabilidade no Estado é superior às médias do Nordeste (78,3%) e do Brasil (70,2%).             (Com informações do O Povo e Site Badalo)

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