O
GeoPark Araripe, reconhecido em 2006 como o primeiro geoparque das Américas
pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco), receberá, na segunda quinzena de julho, a visita de dois técnicos
internacionais para avaliar a gestão e as ações realizadas pelo geoparque nos
últimos quatro anos. O objetivo é decidir se o GeoPark terá revalidado o seu
Selo Verde, que o mantém no Programa de Geoparques Globais da Unesco.
Os
técnicos Pablo Rivas (Espanha), e Tran Tan Van (Vietnã), especialistas em
geologia, irão permanecer na região do Cariri entre os dias 17 e 20 de julho, e
percorrerão museus e sítios geológicos das cidades que compõem o Geopark,
realizando a avaliação.
Os
selos são a forma da Unesco avaliar o trabalho dos geoparques ao redor do
mundo. O Selo Verde é o reconhecimento de que o sítio geológico cumpre os
conceitos de proteção, educação e desenvolvimento sustentável. Caso o geoparque
não cumpra essas medidas, ele recebe o Selo Amarelo, e terá um prazo de dois
anos para se adequar. O Selo Vermelho é dado aos parques que ao final desses
dois anos não tenham se adequado aos critérios estabelecidos. A punição com o
Selo Vermelho é a perda do Status como Geoparque Mundial da Unesco.
O
GeoPark Araripe já recebeu o Selo Verde por duas vezes, sendo a última em 2016.
A decisão sobre a revalidação do Selo Verde está prevista para setembro de
2019, após a análise dos dados coletados pelos técnicos.
Feira
do Conhecimento
O
GeoPark Araripe participará da Feira do Conhecimento 2019, que ocorrerá entre
os dias 16 a 19 de outubro, no Centro de Eventos do Ceará. Nas edições
anteriores da feira, o stand do GeoPark foi um dos mais visitados, apresentando
coleções de fósseis, ossos de dinossauros, insetos, aracnídeos, folhas de
gimnospermas e angiospermas, e a apresentação de geoprodutos.
Sobre
o Geopark
Vinculado
à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece) e
Universidade Regional do Cariri (Urca), o GeoPark situa-se no sul do Estado do
Ceará, abrangendo os municípios de Barbalha, Crato, Juazeiro do Norte, Missão
Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri. O parque mantém um território onde se
encontram importantes registros geológicos do período Cretáceo, com destaque
para seu conteúdo paleontológico, com fósseis de plantas e animais com
registros entre 150 e 90 milhões de anos.
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