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Castanhão apresenta, neste momento, pouco mais de 5% de sua capacidade total. FOTO: Leandro Castro |
O
Ceará apresentava, até abril deste ano, 66% do seu território sem seca
relativa, o que representava o resultado mais positivo desde o início do
monitoramento, em julho de 2014, do projeto coordenado pela Agência Nacional
das Águas (ANA), com apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e
Recursos Hídricos (Funceme) e outros institutos de pesquisa do País. Já no mapa
mais recente do Monitor, a área passou para 50,63%.
“Esta
tendência de redução das chuvas, relativa à climatologia mensal, como mostrado
pelos desvios percentuais mensais ao longo da quadra chuvosa, foi indicada no
prognóstico emitido em janeiro de 2019”, afirma o meteorologista da Funceme
Raul Fritz.
A
análise da quadra chuvosa mostra que a região do Sertão Central e Inhamuns foi
a que apresentou o maior desvio percentual negativo (-6,3%), seguida do Cariri,
com desvio percentual de -4,8%. No que se refere somente ao mês de maio, as
chuvas no Ceará ficaram 14,6% abaixo da média, de acordo ainda com a Funceme.
Neste
momento, a porção do território cearense com algum nível de seca relativa está
concentrada no centro-sul, área que recebeu menos precipitações durante o
período de chuvas de 2019. Observa-se ainda que o estado apresenta apenas os
níveis classificados entre seca fraca e moderada, sendo 32,48% e 16,89%,
respectivamente. Tal cenário indica impactos que vão desde a diminuição do
plantio a danos às culturas e pastagens.
Cenário
hídrico
Com
o fim da estação de chuvas, o Ceará entrou na Pós-Estação, período de
precipitações mais escassas. Junho tem normal climatológica de apenas 37,5 mm,
o que reforça a necessidade do uso consciente da água.
Atualmente,
dos 155 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos
Hídricos (Cogerh), 72 açudes estão com capacidade abaixo dos 30%. O
Castanhão, principal reservatório do estado, apresenta apenas 5,41% do seu
volume total.
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