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FOTO: George Wilson |
De
acordo com as diretrizes do programa, que já funciona há quatro anos em
Fortaleza, a intenção era abranger municípios caririenses das 20ª e 21ª
Coordenadorias Regionais de Saúde (CRES), o que hoje em dia resume-se apenas a
Juazeiro do Norte e Crato. A contrapartida do município então são os
profissionais que atuam dentro do CRD, que atualmente conta com uma assistente
social, uma enfermeira, uma psicóloga, um motorista, auxiliar administrativo e auxiliar de serviços gerais. Todos estes profissionais são contratados pela
secretaria e passaram por capacitação na SPD.
Com um mês de funcionamento,
o equipamento ainda registrava saldos positivos em atendimentos, mas a
realidade hoje é outra. Com projetos parados, atividades sem orçamento para
serem mantidas e sem condições de trazer os usuários para acompanhamento na
sede, o centro hoje funciona com risco de ter suas atividades interrompidas.
Em
contato com funcionários do CRD, estes afirmam que o município de Juazeiro é
quem disponibiliza o recurso humano e ajuda na manutenção do local, com
demandas sendo acompanhadas por estes através do CAPS, do Centro POP e do CRAS
AD, escolas e até mesmo a igreja, mas sem nenhum tipo de recurso vindo do
Estado.
De
acordo com assistente social Luise Elena, a maior dificuldade no entanto se
deve a medidas legislativas que vem a regular a internação compulsória, o que
dificulta a atuação dos profissionais que trabalham com o ideial de internações
voluntárias e involuntárias com consentimento e acompanhamento do CAPS e da
família, para os casos mais graves, além de toda uma abordagem junto aos demais
órgãos de saúde.
Segundo
ela, todos os recursos disponíveis inviabilizam o processo primordial do CRD,
que é a ressocialização, pois não há como ter um acompanhamento preciso a
grande quantidade de pessoas que necessitam deste tipo de atendimento.
“Se
nesse instante nós mandamos um destes usuários para comunidade e não
conseguirmos restabelecer os vínculos, a única opção delas é voltar pra rua.
Nosso projeto é muito bom, mas eu penso que precisa de uma continuidade, é
necessário capacitação”, reforma Elena.
Outro
problema relatado é em relação a catalogação dos dados, que antes era de forma
digital através de um banco de dados. Com a extinção da SPD, até mesmo a
internet do CRD foi cortada, dificultando ainda mais o trabalho dos
profissionais. Pelos dados que foram possíveis registrar, a assistente social
apresentou dados referentes desde o mês de inauguração, em maio de 2018, até
janeiro de 2019. (Fonte: Site
Badalo)
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