As
finanças da atendente de telemarketing Liliane Dieb saíram do controle nos
últimos meses quando ela foi surpreendida por aumentos sucessivos na conta de
energia. Acostumada a pagar regularmente entre R$ 48 e R$ 70 por mês, ela recebeu
uma conta de R$
4.165,48 em setembro e só conseguiu reverter após recorrer
à reportagem.
Após
meses de negociação, a Enel alterou os valores no fim de semana, mas ela ainda
considera alta.
Com
um bebê de quatro meses e uma filha autista de oito anos que precisam de cuidados,
a atendente de telemarketing, que está afastada por depressão, ansiedade e
síndrome do pânico, continuou
pagando as contas temendo ter a energia cortada. Liliane e seu
esposo que é auxiliar de administração, reúnem esforços para lidar com os
gastos da casa, além dos custos com os medicamentos controlados da filha
autista que também sofre com depressão e não recebe auxílio.
“A
minha maior preocupação é com a minha filha autista, porque eu não tenho
condições de pagar esse valor de energia e deixar de comprar a medicação
dela”.
Foi
em julho que a consumidora teve o primeiro susto. Após a passagem do
funcionário da concessionária de energia, ela recebeu uma fatura no valor
de R$204. Após
efetuar o pagamento, ela tentou reaver o valor da dívida. Liliane entrou em
contato com a Enel alegando que não
concordava com os valores da tarifa, já que ela não havia tido
nenhum reajuste em seus equipamentos eletrônicos e nem em seu consumo.
“Eu
só tenho dois ventiladores, duas televisões, uma máquina de lavar e um
liquidificador, não é nada demais”, destaca.
Porém, além de não ter nenhuma resolução para o
problema, ela ainda recebeu, nos meses seguintes, contas de R$ 426,07 (agosto)
até a de R$ 4.165,48 (setembro).
Contactada pela reportagem, a Enel afirmou "que já cancelou a conta da cliente e está faturando novamente para entregar uma nova conta ao cliente". O contato com Liliane foi feito no fim de semana, e o valor apontado foi pouco mais de R$ 100. Já os valores anteriores, também acima da média de consumo dela, não foram alterados.
Contactada pela reportagem, a Enel afirmou "que já cancelou a conta da cliente e está faturando novamente para entregar uma nova conta ao cliente". O contato com Liliane foi feito no fim de semana, e o valor apontado foi pouco mais de R$ 100. Já os valores anteriores, também acima da média de consumo dela, não foram alterados.
Investigação
Antes
deste contato, a consumidora recebeu a visita de técnicos em sua casa para analisar o medidor de energia,
que segundo a concessionária provavelmente poderia estar com “problemas”. Após
três dias dessa visita, ela recebeu uma equipe que retirou o medidor para
análise.
Cinco
dias depois da retirada do medidor, Liliane foi surpreendida com uma conta
ainda maior, dessa vez de R$
426,07, com vencimento em agosto. Ao entrar em contato
com a distribuidora de energia novamente, eles solicitaram que ela “esperasse
cinco dias úteis para receber uma resposta referente à fatura”. Dez
dias depois, a Enel solicitou que Liliane aguardasse o laudo do medidor.
“Então,
o laudo chegou dizendo que não havia nenhuma irregularidade no medidor, não
tinha lacre violado, não tinha auto religação, não tinha nada do tipo”, comenta
a cliente.
“Selo(s)
da tampa normal(ais), medidor normal nos ensaios de carga nominal”, consta o
laudo. (Diário do Nordeste)
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