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FOTO: Guilherme Cândido |
Filha
de Várzea Alegre e estudante do quarto semestre de Jornalismo, Olívia Rebeca
Alencar, hoje com 18 anos, escreve desde os 13 e já soma dois contos publicados
em antologias de editoras importantes. Além da antologia da Qualis, Olívia
publicou o conto “Para Sempre, Nunca Mais” na antologia Cinderelas, da Editora Sinna: “Por volta
de agosto do ano passado, a Editora Sinna lançou um edital para o concurso de
uma antologia, a Cinderelas, que trata sobre a violência contra a mulher. Eu
resolvi participar e fui selecionada. Foi uma surpresa e alegria imensas! O
lançamento ocorreu na Livraria da Travessa, no Rio de Janeiro, em abril deste
ano. Eu pude estar presente e foi incrível”, recorda. Por falta de recursos
financeiros, Olívia não vai participar do lançamento do próprio conto, na
Bienal.
Contos
publicados
A
antologia Cinderelas é um projeto organizado pela escritora e também
editora-chefe da Sinna, Katerine Grinaldi. A ideia de abordar o tema violência
contra a mulher foi proposta para, a partir desses retratos, contribuir para o
combate desse tipo de crime. Em Cinderelas, o trabalho de Olívia conta a
história de Joanna, jovem que denuncia uma tentativa de estupro para incentivar
mulheres a buscarem justiça.
Já
em Apaixone-se, antologia que reúne histórias de amor, o conto da estudante é o
“Eu, você, e a matemática entre nós”. O texto apresenta Beatriz, uma estudante
que ama matemática e é escolhida pela escola onde estuda para ajudar Mateus,
quase reprovado na disciplina, a melhorar seu desempenho: “Logo depois [do
edital da Sinna], eu me deparei com outro edital, da Qualis. Me interessei
também e arrisquei outra vez. Em junho, recebi a confirmação da aprovação”,
disse.
A
jovem escritora cearense – filha de um agricultor e de uma auxiliar de serviços
gerais, ambos já aposentados – mora com a mãe, em um sítio em Várzea Alegre, e
se desloca diariamente até o campus Juazeiro do Norte, onde cursa Jornalismo,
em um ônibus do município. A viagem, de cerca de 100 km, leva duas horas. A
rotina de viagens diárias é comum entre os universitários da UFCA, que – em boa
parte, como Olívia – vivem em regiões afastadas do Crajubar (contração para
Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha: cidades que abrigam três dos campi da UFCA).
Apesar
de as conquistas não estarem diretamente relacionadas à rotina universitária,
Olívia acredita que a UFCA foi importante para a sua escrita: “Uma das coisas
que a universidade proporciona é o contato com novos horizontes, olhares,
saberes. Ela ajuda na nossa capacitação profissional, mas, além disso, nos guia
em nossa jornada individual e pessoal. Entrar na UFCA foi uma grande alegria,
tanto para mim quanto para minha família, pela oportunidade de me capacitar e
crescer em várias áreas, como na literária”, reflete Olívia.
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