![]() |
De acordo com a delegada titular da DDM Débora Gurgel, os números são expressivos, mas ainda não refletem a realidade. FOTO: Sarah Gomes |
De acordo com a delegada titular da DDM Débora Gurgel, os números são expressivos, mas ainda não refletem a realidade. O aumento dos registros é resultado do trabalho da rede de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher. “Porque cuidar do zelo da família é um dever de todos nós, do Estado e de todos nós”, afirma a delegada.
Formada em Direito pela URCA, Débora Gurgel está há 8 anos à frente da Delegacia de Defesa da Mulher de Juazeiro do Norte. Para ela, a Lei Maria da Penha foi um “divisor de águas” no trabalho de combate e prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher, como a medida protetiva no Cariri.
“Nós necessitávamos urgentemente de uma legislação específica que trouxesse mecanismos para que as vítimas tivessem condições de denunciar, porque antes da implementação da Lei não havia a possibilidade da responsabilização criminal do agressor”, explica titular da Delegacia.
Os crimes mais frequentes registrados em Juazeiro do Norte são os de ameaça, crimes de injúria e de lesão corporal leve. O atendimento é realizado de forma pormenorizada, com estuda humanizada, orientação dos direitos e realização dos encaminhamentos necessários. “Nós não somos máquinas, nós não realizamos um trabalho mecanizado”, afirma a delegada Débora Gurgel.
O trabalho no combate e prevenção à violência contra a mulher é delicado e difícil. “A gente trabalha com emoções, com sentimentos, com relações familiares que estão abaladas, que estão em conflito. Então recebemos mulheres, crianças e idosas muito fragilizadas, muito vulneráveis”, conta a titular da Delegacia. Proteger quem passa por isso é descrito como “gratificante” pela equipe formada por seis escrivãs (três mulheres) e nove inspetores de polícia (quatro mulheres).
“A gente se sente gratificado por ver o resultado. A gente se sente muito feliz quando recebe mulheres de volta. Várias vêm aqui, retornam e dizem que hoje são outras mulheres, que hoje são outras pessoas, que se soubessem que era assim teriam vindo antes”, finaliza a delegada Débora Gurgel.
(Fonte:
Site Miséria)
Postar um comentário