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Ceará tem ônibus e carros incendiados em onda de ataque
que
ocorre desde o dia 20 de setembro. FOTO: TV Verdes Mares
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Ao
todo, o estado já contabiliza 85 ataques em Fortaleza, Região Metropolitana e
cidades do interior. As ações tiveram início no dia 20 de setembro. Segundo o
secretário da Segurança do Ceará, André Costa, a onda de violência é uma reação
de detentos que querem a volta de "regalias" nos presídios do estado.
Até o momento, a polícia capturou 74 pessoas suspeitas de envolvimento nos
atos.
A
transferência dos internos, conforme o secretário da Administração
Penitenciária, Mauro Albuquerque, busca isolar os chefes de um grupo criminoso
que coordena as ações
criminosas sofridas no Ceará.
"De
ontem para hoje foram 150 presos [transferidos]. Hoje devemos movimentar mais
100 detentos do interior que estão diretamente ligados ao grupo que tem
enfrentado o Estado. É o trabalho de inteligência intensificado e posto em
prática", afirmou o secretário.
Fim
das 'regalias'
Segundo
o secretário da Segurança do Ceará, André Costa, detentos querem a volta de
"regalias" nos presídios do estado.
"Tem
um pequeno grupo de detentos trabalhando pra um grupo criminoso especificamente
e eles estão revoltados, querem o retorno das regalias, querem que volte a ter
visita íntima, querem que volte a ter tomada em cela. Por conta disso, eles
estão incomodados, estão fazendo essas ações nas ruas, pessoas ligadas a eles.
Essa é a motivação".
Além
das transferências entre unidades do sistema penitenciário do Ceará, dez chefes
de facção criminosa suspeitos de ordenar ataques no Ceará deverão ser transferidos
para presídios federais. A data das transferências e os locais para onde os
detentos serão levados ainda não foram divulgados pelo governo.
O
Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) já havia disponibilizado, na
terça-feira (24), vagas
no Sistema Penitenciário Federal para esses internos que devem ser
transferidos, apontados como chefes da facção.
Ordens
partiram de presídios
Nesta
quinta-feira, a Polícia Federal realizou uma operação para cumprir mandados de
prisão contra chefes de facções criminosas que ordenaram e executaram os
ataques no Ceará. Os mandados foram cumpridos contra contra suspeitos do Ceará
e de Pernambuco, onde foi preso um homem de 45 anos, natural de Umbuzeiro (PB),
integrante e fundador da facção criminosa responsável pelos ataques.
Segundo
o coordenador da Operação Torre, o delegado Elanio de Oliveira Júnior, o
principal alvo da operação cometeu crimes em 2013 e seu principal alvo eram
agências bancárias. Ele também estaria no comando nos ataques ocorridos em
abril de 2019 e que a polícia não descarta o seu envolvimento nos ataques
atuais no Estado.
De
acordo com as investigações, as ações criminosas foram praticadas sob
determinação de chefes de facção que cumprem pena em presídios. As ordens eram
planejadas por eles e executadas por outros integrantes da mesma organização
criminosa que se encontravam em liberdade. (G1 CE)
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