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FOTO: ALEX PIMENTEL |
A
pesquisa acena para o surgimento de um novo sítio desta natureza no Estado,
abrangendo as duas cidades. O território proposto para o novo geoparque tem
área de aproximadamente 5.300 Km². Nele, foram identificados diversos
geossítios. São 1.504 Km² a mais que o Geopark Araripe, no Cariri, o único no
Brasil com chancela da Unesco. Estendendo-se pela área de seis municípios
cearenses: Barbalha, Crato, Juazeiro do Norte, Missão Velha, Nova Olinda e
Santana do Cariri, tem uma área de 3.796 km².
Conforme
um dos responsáveis pelos estudos no Sertão Central, o geógrafo especialista em
Geociências, Luis Carlos Freitas, "as atividades de campo começaram no
início deste ano. Entretanto, os trabalhos vêm sendo desenvolvidos desde
2016". Ele acrescenta que o prazo previsto para conclusão é dezembro deste
ano. Já o resultado dos levantamentos da geodiversidade deste território será
divulgado no início de 2020.
A
ideia da criação de um novo Geopark surgiu, segundo o CPMR, durante
levantamento anteriores como o projeto Geodiversidade do Estado do Ceará e dos
mapeamentos geológicos básicos realizados pelo Serviço Geológico do Brasil.
Embora
o resultado conclusivo ainda não tenha sido divulgado, o secretário do Meio
Ambiente do Ceará, Artur Bruno, já avalia de forma positiva os estudos.
"Indiscutivelmente, é mais um valioso tesouro natural descoberto no
Ceará", pontua.
Relevância
Para
além da importância geológica, Pedro Carlos da Fonseca, coordenador do Fórum de
Turismo do Ceará, destaca que a criação do Geopark dos Monólitos "também
pode significar uma estratégia de desenvolvimento sustentável para a
região".
O
assessor técnico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,
Murilo Cunha, disse que o órgão "está empenhado em consolidar a criação do
Geopark" e destaca também a "importância dessa conquista para a
região, pelos aspectos da preservação, conservação, sustentabilidade e também
econômico".
Já
o assessor técnico do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará
(Ipece), Rogério Barbosa Soares, ressalta que a "implantação de Parques
Geológicos para o desenvolvimento no Estado é uma política pública que inclui
no turismo cearense o segmento do ecoturismo e o turismo de contemplação como
produtos capazes de gerar emprego e renda na região". (Diário do Nordeste)
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