Bacurau é um filme forte e expressivo. Para os demais apreciadores da sétima arte, pode-se desfrutar uma experimentação de perspectivas que foram propostas pelos produtores Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Descrevendo um “protesto em forma de filme”, como dizem os autores, o longa tem no próximo dia 25 de setembro seu lançamento comercial fora do Brasil, ao tempo que entra em sua terceira semana seguida de exibições no Cariri. O filme fez inclusive bilheteria superior ao último lançamento do cineasta Quentin Tarantino, que já saiu de cartaz por aqui.

Em sua visita ao Cariri no último domingo (15), o ator que interpreta a personagem “Lunga”, Silvero Pereira, revelou que dentre as exibições em cidades do interior do Nordeste, Juazeiro do Norte – que também recebeu a pré-estreia – foi a que identificou mais expressiva procura. “Quando foi divulgado que a sessão de Juazeiro é uma das que mais tem procura fiquei muito feliz. Sentir que sendo fruto da terra e poder contracenar com nomes tão importantes me levou a um outro patamar. Pude sentir essa presença, realmente fiquei muito feliz”, disse o ator na ocasião.

O filme, ganhador do Prêmio do Júri no Festival de Cannes deste ano, permanece em exibição na sala 5 da Orient Cinemas do Cariri Garden Shopping, com sessões às 19h e às 21h40. Os ingressos podem ser comprados no site Ingresso.com ou direto na bilheteria do cinema.


Cartaz de Bacurau no metrô de Paris. FOTO: Max Petterson
Estreia internacional
A divulgação está “pesadíssima”, como diz o ditado nas redes sociais. Uma das primeiras exibições comerciais do longa fora do Brasil será França, e não por outro motivo: o filme é uma produção franco-brasileira. O artista e youtuber caririense Max Petterson, que mora em Paris, relatou em seu perfil no Instagram a ansiedade em conferir nas telonas a estreia de Bacurau. “Tem cartazes em todo o canto de Paris. Pense numa divulgação! Os franceses já estão doidos para ver Bacurau e eu também”, conta.

Conforme matéria publicada esta semana pela Época, a edição da revista cinematográfica francesa Cahiers du Cinéma antecipava a visão dos franceses sobre a obra: a publicação classifica o filme de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles como “uma versão alternativa do presente” em uma época que a sétima arte brasileira “se encontra ameaçada pela ofensiva reacionária de Bolsonaro ”.

O editorial que abre a edição de setembro da Cahiers afirma que o “cinema brasileiro é um dos mais férteis” nos últimos anos e classifica Bacurau como uma “fábula e charge explosiva contra as forças de destruição maciça”.

(Fonte: Site Badalo)

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