Quatro mototaxistas foram presos nesta quarta-feira (6) suspeitos de envolvimento no assassinato do agente de trânsito Jackson Marques Bezerra, 37 anos, morto a tiros no dia 18 de julho em Sobral. Os presos foram transferidos para uma delegacia em Fortaleza.
De
acordo com a polícia, as investigações apontaram que o crime foi organizado por
mototaxistas que atuam em Sobral que estavam insatisfeitos com a atuação do
agente de trânsito, que comandava a equipe de fiscalização dos serviços de
transporte público da cidade.
Os
suspeitos, segundo a polícia, participaram do planejamento e da execução do
homicídio. Um quinto suspeito de envolvimento no crime está foragido.
Morto
na saída de academia
O
agente de trânsito Jackson Bezerra foi
morto após sair de uma academia e ser perseguido por uma dupla em uma moto,
que efetuou disparos de arma de fogo contra ele na Rua Coronel Frederico Gomes,
no Bairro Campo dos Velhos. A vítima também trafegava em uma motocicleta.
De
acordo com a Polícia Civil, a vítima passou a fiscalizar com maior frequência
os serviços realizados por mototaxistas, "mototaxistas piratas" e as
linhas de ônibus. Com a atuação, o grupo criminoso ficou insatisfeito com o
trabalho de Jackson.
Os
mototaxistas têm idade entre 23 e 30 anos. Um deles já tinha antecedentes
criminais e respondia na Justiça pelos crimes de tentativa de homicídio, crime
contra a administração pública e contravenção penal.
'Com
ele não tinha jeitinho'
De
acordo com o delegado Marcos Aurélio, diretor do Departamento de Polícia Civil
do Interior Norte, a vítima tinha um histórico de ser atuante, rígido e correto
no trabalho, e que isso desagradou o grupo criminoso.
"O
Jackson era um servidor concursado da Prefeitura Municipal de Sobral. Exercia
atividade no trânsito da municipalidade. Ele tinha um histórico de ser atuante,
rígido, correto, e com ele não tinha 'um jeitinho'. Se está errado, está
errado. E com esse rigor de sua atividade, ele chegou a prender alguns
concessionários do transporte público, com o caso, mototaxistas. Ele apreendia
e tomava a bata com a numeração e a bata ficava apreendida por determinado
período, até que fosse restituído ao trabalhador", conta.
Segundo
o delegado, o grupo criminoso "estudou o itinerário" da vítima e
passou a monitorá-lo. "Fizeram o estudo de itinerário do senhor Jackson, a
rotina de vida dele, que horas ele saia para o trabalho, onde ele ia, o horário
que ele caminhava, e no dia 18 de julho, resolveram executá-lo", revela o
delegado.
Os
suspeitos, segundo a polícia, tentaram de diversas formas dificultar o trabalho
de investigação. (G1
CE)
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