FOTO: Fábio Lima |
Ferran explica que embora as máximas registradas apresentem tal aumento, as mínimas permanecem dentro das normais climatológicas. "As causas são difíceis de precisar, alguns atribuiriam ao aquecimento global, mas não é possível definir", afirma. Ele conta ainda que fatores como a diminuição da velocidade dos ventos e o aumento da umidade elevam a sensação térmica para além dos números dos termômetros. "Esses aspectos ainda devem se acentuar nos próximos dois meses", alerta.
Máximas e mínimas
No Estado, de acordo com a Funceme, os municípios com maiores temperaturas nessa segunda-feira, 25, foram: Jaguaribe (38,5°C), Sobral (38° C), Crateús (37,6°C) e Morada Nova (37,4°C). Na Capital, o maior valor registrado foi de 34°C. Já a mínima foi de 26°C nesta terça-feira, 26. "Hoje, foi relativamente alta porque os ventos que prevaleceram foram aqueles vindos do mar em direção ao continente, os quais são mais quentes nesse momento do dia", explica o meteorologista.
Em outubro, Fortaleza registrou temperatura máxima média de 31,9°C, conforme balanço do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O dado representa um desvio de 0,7°C acima da normal climatológica e corresponde a 5ª maior temperatura máxima média registrada em outubro dos últimos 19 anos.
Cuidados com a saúde
Enquanto os termômetros seguem em alta, o nosso organismo parece pedir socorro. O calor causa um maior relaxamento das artérias, que se dilatam em todas as áreas do corpo. Essa vasodilatação e pode gerar sensação de cansaço, fadiga, queda na pressão arterial e até desmaios. A temperatura elevada também aumenta o metabolismo, que passa a produzir mais suor para se proteger. Essa proteção pode se tornar um problema se o líquido perdido não for reposto. Com menos líquido, o corpo perde seu equilíbrio, tem mais dificuldade para o sangue circular no rim e desidrata.
Nos postos de saúde, as doenças gastrointestinais levam as pessoas a formar filas em busca de atendimento. O calor facilita a decomposição dos alimentos e, consequentemente, a contaminação. Além disso, algumas viroses sazonais típicas desta época do ano também podem levar a quadros de desidratação. Náuseas, vômitos, dor de barriga e diarreia são os sintomas mais comuns.
Ingerir bastante líquido e ter cuidado redobrado com a higiene são formas de evitar as complicações. A alimentação é uma grande aliada: comidas leves como as frutas, verduras, legumes, folhas verdes são ricos em água, vitaminas e minerais, além de ajudarem a hidratar o corpo e facilitarem a digestão.
Dicas para evitar a desidratação e amenizar o calor
- Beber água é a chave para evitar a desidratação. O ideal é que ela esteja abaixo da temperatura ambiente, o que possibilita a troca de calor e refresca o corpo.
- Um banho gelado ou colocar uma toalha molhada no pescoço, pulsos e virilha também ajudam a refrescar. A lógica é a mesma da ingestão de água: se a temperatura estiver abaixo do registrado no ambiente, proporciona troca de calor.
- Se o calor causar mal estar, o melhor a fazer é procurar algum lugar para deitar. Permanecer na posição horizontal faz o sangue circular melhor e chegar mais facilmente ao cérebro, evitando o desmaio.
- Os alimentos amigos do organismo nesse período são água mineral, água de coco, chás e sucos de frutas sem açúcar. Frutas e vegetais serão boas escolhas. Por outro lado, evite alimentos processados industrializados, queijos e carnes gordos, embutidos (linguiça, salsicha, mortadela e salame) e bebidas alcoólicas, eles são mais difíceis de digerir, trazem menos benefícios nutricionais e podem até contribuir para a desidratação.
- Protetor solar, roupas leves de mangas compridas, chapéus ou bonés e guarda-chuvas são bons companheiros para se proteger do sol. (O Povo)
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