FOTO: Kid Júnior
Com base na evolução de casos do novo coronavírus, o Instituto Ampla Pesquisa prevê que a saída gradual do isolamento social volta ao trabalho no Ceará seja possível entre os dias 29 de maio e 4 de junho, logo após o pico de contaminação, que deve ocorrer entre 17 e 22 de maio, segundo o levantamento. 

As previsões levam em consideração o número de infectados, o número de pessoas susceptíveis a contrair a doença e as retiradas, que são pessoas que foram retiradas do convívio do sociedade. "Estamos nos encaminhando para chegar ao pico de contaminação. Após isso, o número de infectados por dia irá diminuir, enquanto o de retirados aumenta, até que se encontram entre 29 de maio e 4 junho", explica Nonato Castro, diretor de estatística do Instituto. 

Ele acrescenta que, passado o encontro, o número de retirados começa a ser maior que o de novos infectados diários, estágio em que passa a ser possível a saída escalonada do isolamento social. O estudo mostra 98,7% de probabilidade do prognóstico se cumprir. 

O diretor do Instituto, Agliberto Ribeiro, ressalta a importância da saída gradual do isolamento, para que não haja novo pico de transmissão da doença. "Tem que se programar, não pode voltar tudo de uma vez, se não, vai ter mais contaminação. Se as pessoas não respeitarem e o isolamento ficar muito baixo, vamos ter novo repico, mais grave ainda", alerta. 

Ele lembra casos no Sul do País, que começaram a liberar as atividades e tiveram crescimentos exponenciais dos casos de Covid-19. Ribeiro cita o caso de Blumenau, município de Santa Catarina, que autorizou a reabertura dos shoppings. "Eles tinham pouco mais de 100 casos. Com a reabertura, tiveram um aumento de quase 500%. A gente sabe que a população da periferia está sofrendo muito sem renda, mas é ter ferramentas para segurar essa população em casa", afirma. 

O diretor ainda revela que o Instituto havia estimado anteriormente que o Ceará teria 4,5 mil casos próximo ao pico de infecção, número que foi superado e já chega a 7,5 mil. Segundo ele, a subnotificação de casos e o descumprimento do isolamento social fizeram a estatística se elevar tanto.                      (Diário do Nordeste)

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