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FOTO: Raquel Oliveira |
Alguns dos principais questionamentos foram acerca da distribuição destes novos respiradores, prevista para ocorrer até a próxima semana, o prognóstico de evolução dos casos diante das medidas mais rígidas de isolamento social nas diferentes regiões, bem como a implementação do sistema de testagem via drive-thru e, inclusive, a possível contratação de novos profissionais de saúde vindos de outras regiões.
Unificação de unidades
Questionado acerca do apoio das unidades filantrópicas e outras unidades hospitalares particulares, Dr. Cabeto afirmou que o momento é de unificação dos serviços, para que os atendimentos sejam feitos por uma região como um todo, e não separando por unidades ou municípios.
“Não tratamos o serviço de saúde como sendo por um município ou outro, mas sim como um todo. Desenhamos a rede com um perfil de complexidade adequada para atender os 45 municípios [da macrorregião do Cariri]. Quando falamos que vamos ampliar leitos de UTI num hospital de cardiologia em Barbalha, por exemplo, para que atenda a estes municípios é justamente para que os leitos não precisem sair dos municípios do Cariri, dando vazão para outros municípios, colaborando na rede como um todo”, afirma o secretário.
O gestor anunciou a ampliação em até 70 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para reforçar o atendimento em municípios como Juazeiro, Crato, Barbalha e Brejo Santo.
Cabeto ressalta o esforço anterior da pasta num planejamento bastante antecipado em relação a atenção básica como um todo, e que grande parte dos problemas já estavam sendo pensados para que a médio prazo tais leitos já pudessem ser implementados. Destaque para os novos leitos em Icó, Brejo Santo e os municípios do Crajubar, que em breve deve contar com o hospital de campanha construído pela Prefeitura de Juazeiro do Norte.
“Isso faz com que a gente dimensione a rede para atender qualquer tipo de complexidade da Covid-19 cujo hospital de referência é o HRC, tendo em vista que o número de pacientes costuma ser muito elevado, para que possa atender a capacidade da região”, diz.
Drive-thru
“Quando a gente fala de drive-thru, falamos de mais um aparelho de diagnóstico, além da atenção básica e da comunicação, e este sistema está sendo estudado e deve ser implantado aqui na região. Estamos expandindo o atendimento para testagem viral para próxima semana, e em seguida a ampliação destes exames, podendo chegar até 300 testagens por dia”, explica o secretário, que prevê até semana que vem pelo menos 100 testagens iniciais para os equipamentos em funcionamento atualmente.
Prognóstico da pandemia
Questionado sobre a constante elevação no número de casos e se a Secretaria de Saúde teria como estar preparada para lidar com altas e baixas nos números, Dr. Cabeto explica um pouco sobre o prognóstico pandêmico e a efetivação do isolamento social como solução mais eficaz no momento.
“É muito importante que quando falamos de surto e pico da pandemia, estamos falando de uma hipótese pior. Estas projeções precisam ser adaptadas quase que diariamente, pois dependendo das condições estes picos podem mudar. O isolamento tem entre as principais funções conseguir que a rede atenda a todos, sendo então a melhor medida”, completa.
Se não acontecer o pico que se espera, Cabeto diz que será feito tudo dentro do planejamento e que garantido a chegada ao limite será esperado estar dentro da resolutividade que houve na macrorregião de Fortaleza, o que segundo ele só pode ser feito nas demais regiões se o Estado contar com o apoio da gestão de cada município.
Ele também afirma que profissionais podem ser selecionados de Fortaleza ou outras regiões para o Cariri se necessário, conforme a saturação dos leitos.
Respiradores
O secretário disse ainda quantos e quais localidades devem receber os respiradores, e portanto, novos leitos de UTI para tratamento das complexidades do novo coronavírus. Segundo ele, a grande maioria dos equipamentos comprados deve seguir para o interior cearense, principalmente para a região Norte e o Cariri.
Para o Sul do Estado serão destinados 20 equipamentos para Iguatu, mais 20 para Icó, outros 10 para Brejo Santo e cerca de 30 devem ser destinados para Barbalha e Crato, respectivamente. Os demais, segundo Cabeto, devem ir para o HRC, que vai deter a maior parte dos leitos.
“Parte desses leitos de UTI são de graus de complexidade alta. Equipes de segunda opinião devem dar suporte a todas as regiões do Estado, principalmente no Cariri”, conclui o secretário.
(Fonte: Site Badalo)
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