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FOTO: Ana Beatriz Farias |
O objetivo da manifestação, segundo a organização, é fazer a população refletir sobre os impactos da pandemia na sociedade. Os símbolos ficarão expostos durante todo o dia. “Isso é o nosso manifesto, nosso repúdio contra o descaso, principalmente do Governo Federal, diante dessas mortes. A gente tem que ter empatia pelo outro, pelas famílias que estão sofrendo seus lutos, pela dificuldade que elas têm de conseguir esse atendimento [na saúde]”, declarou a médica pediatra Diola Rola.
“Colocamos aqui o mapa do Brasil para mostrar que isso é de Norte a Sul. Uns tiveram mais mortes, até não terem respeitado o distanciamento social, e outros foram um pouco menos acometidos. Mas o vírus não poupou nenhuma região”, pontua Diola.
O coletivo, que foi criado durante a pandemia, ganhou força também no combate a notícias falsas, que têm motivado o desrespeito ao isolamento social. “A gente quer o tempo inteiro fazer o contraponto às notícias falsas, que não têm sustentação na evidência científica, porque é nossa obrigação, inclusive, discutir a partir das evidências”, destaca Liduína Rocha, médica presente no protesto.
Impactos
De acordo com a médica Elodie Hypolito, que faz parte da equipe de transplante de fígado do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), a pandemia não impactou apenas as vítimas de Covid-19 e suas famílias, mas também outras especialidades médicas.
“Nós tivemos uma redução, em março, de 70% do número de transplantes realizados ao mês, por uma série de motivos. Principalmente porque os doadores precisam de UTI para sobreviverem até o momento da captação, elas estavam todas ocupadas com pacientes Covid. E isso também já gerou mortes”, declara Elodie.
Ato no Rio de Janeiro
Na última semana, ONG realizou ato com cruzes na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, como homenagem a vítimas da Covid-19. (Diário do Nordeste)
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