![]() |
FOTO: Kennedy Araújo |
“Nós estávamos querendo explicar o que é fazer música independente no interior do Ceará”, explica Johnny Positive, um dos artistas da produtora. “Somos aptos a criarmos e sermos independentes mesmo com poucos recursos nas mãos”, diz o MC.
Para firmar a ideia, o EP foi batizado como “Independente” e lançado no dia 7 de setembro, não por coincidência, o Dia da Independência do Brasil. “A intenção é que conheçam o Cariri através da nossa música”, conta Johnny.
É fato que a cena do rap é majoritariamente masculina, mas não por falta de mulheres fazendo o som, mas por pouca visibilidade. É o que afirma Alaria, uma das duas MCs da produtora. “Os caras dominaram por muito tempo por questões de gênero mesmo, e a Green tem um papel fundamental na transformação que a gente espera ver daqui em diante”, diz ela. “Eu fui privilegiada por alguns caras da velha escola terem conhecido meu trampo e aberto espaço, […] outras meninas que já estão no corre faz tempo mas não tem tanto o holofote”, afirma a artista citando outras mulheres que fazem rap no Cariri, como Corrinha, Ysnaide e Nega Lu.
Johnny vê o papel de ser músico como uma incerteza constante entre dar certo e não dar. “O músico é músico mesmo quando a arte não dá dinheiro”. Já para Alari, além das próprias dificuldades de fazer arte no cenário do interior do Ceará, a questão de gênero também pesa. “Sendo mulher no ramo da arte, a gente sofre muito assédio e também precisamos fazer o triplo do que os caras fazem pra chamar atenção”, confessa Alari.
O projeto é todo colaborativo e conta com a imersão dos artistas para compor desde as letras até as batidas. A faixa “Nunca serão como nos” é um dos exemplos. A música foi composta do zero em uma noite, por todos juntos, do beat ao mix e master.
O EP está disponível nas plataformas digitais de música e no Youtube:
(Fonte: Site Badalo)
Postar um comentário