A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS/CE), por intermédio de suas vinculadas Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) e Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), em parceria com o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), promove uma campanha para realizar a coleta de DNA de famílias que estão com parentes desaparecidos. O início da coleta de material genético acontece na próxima segunda-feira (14) e segue até o dia 18 de junho (sexta-feira).
A integração entre os órgãos cearenses acontece em prol da campanha nacional “Desaparecidos”, capitaneada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e pela Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG). A ação visa utilizar o perfil genético de familiares de pessoas desaparecidas para subsidiar as investigações policiais e contribuir para a localização dessas pessoas.
Reduzir a angústia das famílias que esperam, em muitos casos, por anos, o retorno de um parente é o objetivo da campanha nacional “Desaparecidos”. No Ceará e em todos os estados do Brasil e no Distrito Federal, a ação acontece de forma integrada, compartilhando os perfis genéticos por meio da RIBPG para que os dados sejam cruzados e aumentem a possibilidade de localização dessas pessoas. Dessa forma, mesmo que a pessoa tenha desaparecido no Ceará é possível que ela seja localizada em outro estado do Brasil.
Para o secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Sandro Caron, a coleta do DNA é uma forte ferramenta para localizar essas pessoas. “Essa é mais uma ação importantíssima do Estado do Ceará, capitaneada pela Pefoce, um dos órgãos mais bem equipados de Polícia Científica no Brasil, e tem esse importante objetivo, que é a localização de pessoas desaparecidas. A Pefoce vai fazer a coleta de material de DNA de parentes que tenham pessoas desaparecidas, e esse material genético colhido vai subsidiar ações em todo o Brasil, na tentativa de localização dessas pessoas”, conta.
“A Pefoce possui um dos bancos de dados mais robustos do Brasil, com um grande número de perfis genéticos alimentados nesse banco de dados. Isso representará uma ferramenta a mais, ou seja, um resultado a mais produzido, não só na elucidação de crimes que o banco de dados genético já proporciona. Agora a gente vai ter uma ferramenta extra na solução de um outro tipo de ocorrência, que é a identificação de pessoas desaparecidas. Isso é extremamente importante, e a Pefoce vê isso com bons olhos. Teremos funcionamento também nos núcleos do Interior, para que a gente possa encontrar o maior número de pessoas desaparecidas na nossa população”, afirma o perito geral da Pefoce, Júlio Torres.
De acordo com o superintendente de Pesquisa e Estratégia da Segurança Pública (Supesp), Dr. Helano Matos, a parceria do órgão com a Polícia Civil e a Pefoce será fundamental para identificação de pessoas desaparecidas, a partir da coleta do DNA de familiares com o uso de identificador primário de identificação humana, que é o material genético. “Através do cadastro de DNA de familiares na Pefoce, será possível fazer a busca por coincidências e comprovar de forma científica se a pessoa desaparecida é realmente parente daquele familiar cadastrado no banco de dados da Pefoce, sem possibilidade de enganos ou falhas. A Supesp está totalmente inserida neste contexto da segurança pública baseada em evidências, usando a tecnologia e métodos científicos para dar respostas seguras à sociedade”, explicou o superintendente.
Boletim de Ocorrência
O primeiro passo para iniciar a busca por um parente é se dirigir até uma delegacia para registrar o Boletim de Ocorrência (BO) imediatamente. Em Fortaleza, a unidade especializada na investigação de pessoas desaparecidas é a 12ª Delegacia, que funciona no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro de Fátima. Nas cidades de Juazeiro do Norte, Iguatu, Russas e Sobral, o Boletim de Ocorrência (BO) deverá ser feito das unidades da Polícia Civil nesses municípios.
Pontos de coleta
A coleta do DNA dos familiares de pessoas desaparecidas será realizada pela Pefoce, a partir desta segunda-feira, dia 14, e segue até o dia 18 (sexta-feira), em Fortaleza, e nos núcleos da Pefoce situados nas cidades de Juazeiro do Norte, Iguatu, Russas e Sobral. Em Fortaleza, os familiares de 1º grau de parentesco (pai, mãe, filho, filha, irmãos, irmãs) devem comparecer à Pefoce com o Boletim de Ocorrência (BO). A coleta é realizada de forma indolor, por meio de um suabe oral (coletado na mucosa interna da boca). A Pefoce pede que compareçam, pelo menos, dois parentes de primeiro grau da pessoa desaparecida.
Interior do Estado
No caso das famílias com parentes desaparecidos que moram no interior do Ceará, elas devem procurar uma delegacia da Polícia Civil no seu município e registrar a ocorrência. A Polícia Civil vai dar o encaminhamento para que essa família compareça a um dos núcleos da Pefoce para coletar o DNA. Se a família já tiver B.O, basta procurar o ponto de coleta da Pefoce mais próximo de sua cidade: Fortaleza, Juazeiro do Norte, Iguatu, Russas e Sobral.
Ministério Público
Além da investigação da Polícia Civil e do monitoramento de dados realizados pela Supesp, acerca das circunstâncias e regiões em que essas pessoas foram vistas pela última vez, a Polícia Civil também recebe o suporte do Ministério Público do Ceará (MPCE), que mantém o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos do Estado do Ceará (PLID). O programa utiliza o Sistema Nacional de Identificação e Localização de Desaparecidos (Sinalid). Esses dados obtidos pela ferramenta são repassados para colaborar com as investigações, identificação e localização dessas pessoas.
Endereços dos pontos de coleta de DNA no Sul do Ceará
Juazeiro do Norte
Núcleo da Pefoce na Região Sul do Estado
Endereço: Avenida Tenente Raimundo Rocha, s/n – Planalto
Telefone: (88) 3571-7018
Iguatu
Núcleo da Pefoce na Região Centro-Sul
Endereço: Rua João Pessoa, 358 – Centro
Telefone: (88) 3581-7469
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