Foto: Arthur Geovane

13/03/2023

O governo federal, sob comando de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), prepara um plano estratégico para tentar aquecer o setor de aviação civil no País. Em discursos públicos, Lula tem dito que quer mais pessoas utilizando o transporte aéreo e o Ministério dos Portos e Aeroportos já tem um plano pronto para apresentar ao presidente.

A ideia é, basicamente, utilizar os assentos ociosos em voos de carreira nas três principais companhias aéreas com atuação no País (Latam, Gol e Azul) para vender as passagens a preços populares. A ideia do ministro Márcio França é de que seja cobrado o valor de R$ 200 por trecho, perfazendo o valor de R$ 400, ida e volta.

As informações foram dadas pelo ministro Márcio França em entrevista ao Jornal Correio Braziliense, publicada neste domingo (12).

O programa seria destinado a idosos, aposentados e pensionistas do INSS, servidores públicos e estudantes, com teto salarial de R$ 6.800, portanto, um público que não faz parte da parcela que já viaja com frequência.

R$ 200 é o valor sugerido pelo ministro a ser cobrado por trecho

As passagens, entretanto, seriam limitadas a dois destinos por ano para o comprador e um acompanhante.

“O que estamos buscando é comprar a ociosidade dos espaços. As companhias brasileiras chegam na faixa de 30 milhões de passageiros, cada uma delas, operando com 78% a 80% de vagas ocupadas. Outras 20% saem vazias. Eu quero essas vagas para as pessoas que não voam”, disse.

De acordo com o auxiliar do presidente, o governo federal irá desenvolver a política pública, mas não deve subsidiar o sistema. “A busca é fazer um acordo com as empresas para vender o espaço excedente com o governo intermediando. No fundo isso já existiu. A Caixa Econômica fez isso, muito tempo atrás”.

As vendas de passagens e o financiamento estão em análise pelo Ministério que levará a ideia ao presidente Lula.

O ministro detalhou ainda que cerca de 90 milhões de passageiros por ano, mas a passagens são emitidas por, apenas 10 milhões de CPFs. A medida facilitaria o acréscimo de público e uma ajuda à economia por meio do turismo.

Fonte: Diário do Nordeste

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