Senador Álvaro Dias, pré-candidato do Podemos à Presidência da República, concedeu entrevista coletiva em Fortaleza na manhã de ontem. FOTO: José Leomar |
O
Podemos estuda a possibilidade de lançar candidatura própria ao Governo do
Ceará. De acordo com o senador paranaense Álvaro Dias, pré-candidato da
agremiação à Presidência da República, o assunto está sendo debatido, mas, caso
não seja possível, o partido pretende discutir até julho "qual será a
melhor aliança". O senador adiantou que o Podemos fará oposição no Estado,
mas a prioridade da legenda, no momento, é buscar apoio ao nome de Álvaro Dias
para o Palácio do Planalto.
"O
jogo aqui é jogado colocando em primeiro lugar a candidatura à Presidência,
porque o objetivo do Podemos é propor essa ruptura com esse sistema atual,
estando mais distanciado desse establishment", explicou, em entrevista
coletiva na manhã de ontem, em Fortaleza, durante ato de filiação do empresário
José Alberto Bardawil, apontado como um nome para disputar o Senado pelo
partido.
De
acordo com o senador, só estão certas, até o momento, candidaturas
proporcionais e ao Senado. Perguntado sobre os critérios para formação de
possível aliança caso o partido não tenha candidatura própria, ele frisou que o
Podemos não se alinha com o governador Camilo Santana (PT). "O partido
aqui fica na oposição", disse.
Sobre
como se relacionaria com o Congresso Nacional no caso de ser eleito presidente,
Álvaro Dias defendeu que irá "inverter o processo". Segundo o
senador, antes de levar pautas ao Parlamento, é necessário levá-las à
população. "É preciso ter boa comunicação, capacidade de conversar com as
pessoas e convencê-las de que a mudança é insubstituível em relação ao nosso
futuro", argumentou.
Suprapartidário
De
acordo com Álvaro Dias, a proposta do Podemos, para a eleição deste ano, é
"refundar a República". A solução da crise, segundo ele, passa pelo
ajuste fiscal, o que inclui a Reforma da Previdência. Para o senador, porém, é
preciso esclarecer à população qual a verdadeira situação da Previdência.
"Hoje, administração pública é metade gestão e metade comunicação".
Ele também sustentou que a crise exige "um governo suprapartidário".
Para
o Nordeste, o parlamentar defende que duas áreas precisam de atenção especial:
o combate à desertificação e à seca e a promoção do turismo. Entretanto,
segundo ele, a promoção da atividade também depende do enfrentamento da
violência.
Para
o senador, "os governantes têm sido frouxos" no combate à
criminalidade. O pré-candidato do Podemos também apontou a necessidade de mais
recursos para a área de Segurança Pública, de modo a equipar as forças de
segurança e o Exército, responsável pelo patrulhamento da faixa de fronteira.
Para isso, ele defende que um ajuste fiscal é necessário. (Diário do Nordeste)
Postar um comentário