A
Caixa Econômica Federal anunciou nesta segunda-feira (16) a redução dos juros
para financiamento da casa própria e o aumento do percentual do valor a ser
financiado para compra de imóvel usado. As mudanças, que começam a valer hoje,
são para linhas de financiamento que utilizam recursos do Sistema Brasileiro de
Poupança e Empréstimo.
Para
compra de imóveis pelo Sistema Financeiro Habitacional (SFH), onde estão
enquadrados os imóveis residenciais de até R$ 800 mil para todo o país, exceto
para Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, cujo limite é
de R$ 950 mil, a taxa mínima de juros caiu de 10,25% para 9% ao ano.
Para
imóveis enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), cujos
valores dos imóveis são acima dos limites do SFH, a taxa mínima caiu de 11,25%
para 10% ao ano.
O
percentual do valor a ser financiado dos imóveis usados subiu de 50 para 70%.
Para unidades novas, foi mantido o percentual de 80% no teto do financiamento.
Taxas
congeladas há 17 meses
A
última redução de juros aconteceu em novembro de 2016, quando a Caixa anunciou
queda de 0,25 ponto percentual ao ano para todas as linhas. Ou seja, as taxas
estavam congeladas há 17 meses.
Já
o limite para financiamento de imóveis usados foi reduzido duas vezes no ano
passado: para 60% em agosto e para 50% em setembro.
A
Caixa anunciou ainda a retomada do financiamento de operações de interveniente
quitante (imóveis com produção financiada por outros bancos) com financiamento
de até 70%.
O
banco informou que possui R$ 82,1 bilhões para o crédito habitacional neste
ano.
Segundo
o presidente da Caixa, Nelson Antônio de Souza, a redução das taxas de juros
facilita o acesso à casa própria, além de estimular o mercado imobiliário e a
geração de empregos.
“Vai
fazer com que se produza mais empreendimento na construção civil, ela vai fazer
com que tenhamos mais financiamentos imobiliários e isso tem em instância final
a geração de emprego e renda”, afirma Nelson Antônio de Souza, presidente da
Caixa.
A
iniciativa, segundo consultores, pode aquecer o mercado de imóveis que está há
bastante tempo a espera de compradores. Mesmo assim, economistas dizem que
comprar um imóvel para pagar a longo prazo exige planejamento.
“O
pegador de crédito deveria ter essa consciência, dinheiro ainda está caro. Sob
esse ponto de vista é muito melhor ainda, por mais que a taxa de juros tenha
caido, as pessoas se planejarem, fazerem as contas para tentar não antecipar
esse credito, tenar poupar e para depois comprar o imóvel”, afirma o economista
José Kobori.
Linha
Pró-Cotista
Não
houve alteração na linha Pró-Cotista, que teve o teto de financiamento elevado
para 70% em janeiro nos imóveis usados.
A
linha Pró-Cotista é destinada a trabalhadores com conta no FGTS (Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço) e oferece taxas de juros que variam de 7,85%
(clientes com débito em conta ou conta-salário) a 8,85% ao ano. (G1)
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