O
estudo Grandes
obras paradas: como enfrentar o problema?, da Confederação Nacional
da Indústria (CNI), aponta que 2.796 obras estão paralisadas no Brasil, sendo
que 517 (18,5%) são do setor de infraestrutura.
A
área de saneamento básico tem 447 empreendimentos interrompidos durante a fase
de execução. Na sequência, aparecem obras de rodovias (30), aeroportos (16),
mobilidade urbana (8), portos (6), ferrovias (5) e hidrovias (5). A CNI
informou que obteve os dados com o Ministério do Planejamento.
“Além
de investir pouco em infraestrutura – apenas 2% do Produto Interno Bruto (PIB)
–, o Brasil joga no ralo um volume significativo dos recursos aportados no
setor, em razão do excesso de obras que são interrompidas antes da entrega. As
paralisações consomem recursos sem gerar benefícios para a sociedade e são, em
geral, consequência de falhas na forma como o setor público executa seus
projetos”, diz a CNI.
Entre
as principais razões para a interrupção de obras, figuram problemas técnicos,
abandono pelas empresas e dificuldades orçamentárias e financeiras. O
trabalho integra uma série de 43 documentos sobre temas estratégicos que a CNI
entregou aos candidatos à Presidência da República.
Medidas
A
CNI recomenda seis medidas para que o país evite paralisações e atrasos:
melhorar o macroplanejamento, avaliar qual modalidade de execução é a mais
adequada; realizar microplanejamento eficiente; aparelhar melhor as equipes;
desenhar contratos mais equilibrados; e fortalecer o controle interno.
“É
recorrente o problema da paralisação de obras. O país parece incapaz de
aprender com todos os levantamentos, perdas e conflitos que esse processo
gera”, afirmou, em nota, o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José
Augusto Fernandes. “Por mais urgente que seja encontrar soluções para as obras
paradas, também é preciso atenção com programas e metas direcionados à não
repetição dos mesmos erros no futuro”.
(Agência Brasil)
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