Após
afirmar que estava "totalmente decepcionado com a política" e
anunciar, em outubro do ano passado, que não
disputaria um novo mandato, o deputado federal Francisco Everardo
Oliveira Silva, o Tiririca, foi convencido pelo PR a tentar a
reeleição em 2018. As informações são da coluna da
jornalista Andreza Matais, do jornal Estado de São Paulo.
Visto
pela sigla como peça fundamental nas negociações em torno de uma aliança na
eleição presidencial, tendo em vista que foi o terceiro mais votado do
País em 2014, Tiririca deve ajudar o PR a eleger mais deputados federais
em São Paulo, tendo em vista o seu apelo popular. No último pleito, ele
recebeu 1,016 milhão de votos e permitiu que o partido emplacasse
seis nomes na Câmara. Sem Tiririca, esse número cairia pela metade.
Em
seu primeiro e
supostamente último discurso na Câmara, feito em dezembro do ano
passado, Tiririca confirmou que estava deixando a vida pública
"decepcionado, mas de cabeça erguida". Na época, o deputado se disse
envergonhado pelo que viu no Congresso ao longo de dois mandatos. "O que
eu vi nos sete anos aqui, eu saio totalmente com vergonha. Não vou generalizar,
não são todos. Tem gente boa aqui dentro", afirmou.
Mandatos
Em
agosto do ano passado, ao dar
indícios que pretendia deixar a política, Tiririca confessou que
disputou o primeiro mandato, em 2010, apenas para tentar ganhar visibilidade
como artista. Mudou de ideia quando foi eleito com 1,3 milhão de votos, o que o
tornou o deputado mais votado do País. "Aí disse: opa, espera aí. Teve
voto de protesto, teve. Mas teve voto de pessoas que acreditam em mim. Não
posso brincar com isso", afirmou. À época, o deputado foi eleito ao usar o
slogan "Pior do que está não fica" durante sua campanha.
Em
2014, decidiu disputar reeleição "para provar que não estava de
brincadeira e que fiz a diferença na política". E foi reeleito com 1,016
milhão de votos. No segundo mandato, Tiririca votou tanto a favor do
impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e pela
abertura de investigação contra Temer, mesmo com a pressão da direção
partidária sobre ele. "Tem um ditado que minha mãe fala sempre: errou, tem
que pagar", disse. (Diário do Nordeste)
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