FOTO: Aurélio Alves
Em entrevista ao jornal O Globo publicada neste domingo (30), o governador reeleito do Ceará, Camilo Santana, afirmou que seu partido, o PT, precisa passar por transformações desde os objetivos até as relações com as bases sociais. Disse também que faltou humildade à legenda e que o partido deveria ter feito autocrítica. Voltou a dizer, também, que Ciro Gomes (PDT) poderia ter vencido a eleição caso concorresse com apoio do PT.

"Eu já defendi lá atrás que o PT precisa se reinventar, reavaliar os seus caminhos, se reorganizar, se aproximar das suas bases, movimento sindical e, muitas vezes, reconhecer os erros que foram cometidos", disse Camilo.

"Acho que isso faz parte, isso demonstra de certa forma para a população e para o povo que todos estão sujeitos a cometer erros. Faltou um pouco isso para o partido, ter humildade. Querer construir um projeto que seja um projeto de nação. Isso precisa estar muito claro, não só para o PT, mas para todos os partidos. Às vezes, nosso posicionamento não é muito aprovado dentro das agremiações, mas tenho um estilo de sempre defender aquilo que acredito", acrescentou o governador reeleito.

Ele disse que a autocrítica vai além dos casos de corrupção. "Eu falo dos erros cometidos pelo próprio governo na condução da política econômica, na relação com movimentos sociais. Foram vários erros cometidos, estratégicos do partido, que precisam ser muitas vezes avaliados, acho que a autocrítica é importante. Se o homem público não for capaz de fazer uma avaliação, está fadado ao insucesso".

Camilo já havia defendido a autocrítica, na linha do que cobrou o senador eleito Cid Gomes (PDT), o que o levou a bater boca com militantes petistas.

Apesar disso, o governador cearense afirma que o partido saiu como maior vencedor das últimas eleições. "O PT fez muito esforço e foi um grande vitorioso. Considero que o partido mais vitorioso dessa eleição foi o PT: elegeu o maior número de governadores, a maior bancada de deputados federais, elegeu senadores. Tirou 45% dos votos para presidente com um candidato que foi apresentado a 20 dias da eleição. Claro que há uma reação muito forte em algumas regiões do país, o antipetismo. Precisa ser reavaliado, analisado. Alguma coisa está errada. É preciso reconhecer".    (O Povo)

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