Uma bela iniciativa nesta manhã de Natal chamou a atenção em Juazeiro do Norte. Um dona de casa teve a ideia de pedir ajuda aos vizinhos para oferecer aos coletores de lixo (garis) que trabalham na limpeza urbana, neste feriado de terça (25), um belo café da manhã. Ela inicialmente começou recolhendo uma contribuição em dinheiro nos anos anteriores para ajudá-los, e hoje pode os acolher de uma forma especial.

A moradora Maria Eliane de Souza diz que já fazia esta iniciativa quando morava em Carapicuíba, no interior de São Paulo. Há três anos ela decidiu voltar a morar Juazeiro do Norte e consigo trouxe a mesma ideia de poder ofertar um Natal especial para estes profissionais tão excluídos.

“Quando eu morava lá [interior de São Paulo] o quintal da minha casa era compartilhado com mais oito casas, e eu colocava uma latinha com um chocalho e uma cestinha para recolher contribuições para ofertar um pouco de dinheiro para os garis. Quando cheguei aqui falei a minha irmã que queria fazer o mesmo. Ela disse que não acha interessante, mas eu quis fazer mesmo assim”, relata Eliane.


A dona de casa então decidiu fazer esta iniciativa logo que chegou, em 2015. Ela passa dias antes na casa dos vizinhos, no bairro José Geraldo da Cruz, pedindo contribuições em dinheiro e fala sobre o projeto que começou em Carapicuíba. Ela falou que nos primeiros anos, como a contribuição era pouca, não podia ofertar muito e também alguns não queriam ajudar os garis.

“Recebi muitos nãos e ‘passe depois’ de alguns dos moradores da minha rua. Mesmo assim não deixei de querer oferecer isso para eles [coletores de lixo] e mesmo assim pude juntar alguma coisa para ajuda-los”, completa. No ano passado a dona de casa passou em 45 casa de sua rua, conseguindo coletar um valor em torno de R$ 188 reais. Já este ano ela passou em 56 casas, e entre alguns “sim” e “nãos”, coletou R$ 217.

Ela ainda diz que todo ano tira uma foto com os trabalhadores junto aos demais vizinhos e sempre guarda os registros para poder levar nos anos seguintes, como uma forma de provar que a iniciativa de fato chega ao beneficiário, que são os garis.

Eliane nos informa que eles mesmos dizem que são proibidos de pedir qualquer contribuição ou ajuda, nem mesmo pedir água ou alguma refeição durante o percurso. Além disto, ela fala que é a primeira vez que eles são agraciados com este ato de solidariedade e que pretende levar a ideia a diante para, quem sabe, poder fazer com que todos os profissionais da cidade possam receber essa ajuda e a acolhida de Natal nas diversas ruas da cidade em que passarem. (Site Badalo)

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