Segundo informações divulgadas ontem (10) pela Associação Brasileira das Indústrias de
Calçados (Abicalçados), em 2018 o Estado vendeu no
mercado internacional
40,9 milhões de pares. CID BARBOSA
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O
volume de exportação de calçados cearenses caiu 18% no ano passado em
comparação com 2017. Segundo informações divulgadas ontem (10) pela Associação
Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), em 2018 o Estado vendeu no
mercado internacional 40,9 milhões de pares, enquanto que um ano antes, a
comercialização chegou perto dos 50 milhões de pares. A queda foi a maior entre
os 10 maiores estados exportadores do País. A redução também afetou a receita,
que diminuiu 13,9%, registrando US$ 248,7 milhões. Apesar dos números
negativos, o Ceará continua sendo o segundo maior exportador do Brasil.
Para
o presidente da Agência do Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Eduardo
Neves, diversos fatores foram responsáveis pelas quedas no volume e na receita
de exportação no ano passado. "2018 foi ruim para a toda a indústria
brasileira, para todos os segmentos, salvo raríssimas exceções. No caso da
exportação de calçados você teve a questão macro da oscilação cambial, que foi
grande e gera uma incerteza. Quando você trabalha na exportação o mercado quer
a redução do valor em dólar. Essa oscilação impede qualquer negociação",
explica.
Além
disso, Neves pontua que o aumento da taxa de juros no mercado americano também
foi relevante para os resultados do ano passado. "Ainda tivemos no meio do
caminho a paralisação dos caminhoneiros que aqui para o Nordeste foi muito
complicado. Algumas fábricas do Ceará tiveram que dar férias porque a
matéria-prima que vinha não podia entrar. Ao mesmo tempo, teve aquela
indefinição do frete, naquela confusão que acabou encarecendo muito o frete de
retorno e aumentou o custo interno das empresas", analisa.
O
presidente da Adece também cita a queda das vendas para a Argentina, grande
comprador do calçado cearense. "Houve redução no consumo do calçado na
Argentina. A Grendene vende bem para lá e mais de 100 países. Então, o
somatório dessas situações, além da crise de uma maneira geral no País,
ocasionou isso tudo", acrescenta.
Indústria
calçadista cearense exportou 18% menos pares de sapato em 2018 e teve queda de
13,9% no faturamento, sendo o Estado brasileiro que mais recuou no período,
conforme associação do setor. (Diário
do Nordeste)
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