Céu nublado, mas
poucas chuvas no primeiro mês do ano.
FOTO: Antonio Rodrigues
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A
chamada “quadra invernosa” – meses que registram o maior volume de
precipitações no Ceará – acontece de fevereiro a maio. Já no Sul do Estado
é diferente: entre janeiro e abril se concentram as principais chuvas. Porém,
no primeiro mês do ano, a macrorregião do Cariri registrou 109,9 milímetros de
chuvas, ou seja, 25,6% abaixo da média para este período: 147,7 milímetros. Os
dados são da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Os
únicos municípios que registraram chuvas acima de suas médias históricas no mês
de janeiro, no Cariri, são Abaiara e Crato. No primeiro, foi observado 178
milímetros, ou seja, houve um desvio positivo de 18% (150 mm). Já o segundo,
choveu 199.3 milímetros, que representa 4,7% acima de sua média histórica
(190,4 mm).
Do
outro lado da balança, Granjeiro teve o maior desvio negativo no primeiro mês
do ano. Lá, foram observados 64,5 milímetros em janeiro, que representa 59,9%
abaixo de sua média histórica (160,8 milímetros). Barbalha também registrou um
volume 54,6% menor que sua média (197,3 mm), tendo acumulado 89,5
milímetros de chuvas.
Preocupação
O
açude do Junco, que abastece a cidade de Granjeiro – menor município
da região do Cariri, com população estimada de 4.459 pessoas – apresenta 9,63%
de sua capacidade, segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos
(Cogerh). Ano passado, o reservatório secou e foram necessárias as perfurações
de três poços no seu interior. Atualmente, o sistema de abastecimento
de Granjeiro está sendo realizado por meio de poços tubulares.
Castanhão
As
chuvas na região do Cariri são importantes para a recarga hídrica do Açude
Castanhão, que abastece a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Isso porque
o Rio Salgado é um dos afluentes do Rio Jaguaribe, que deságua no
maior reservatório do Estado. Hoje, a estrutura tem apenas 3,58% de sua
capacidade. (Blog Diário Cariri)
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