FOTO: KLÉBER A.
GONÇALVES
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Apenas
35% dos municípios no Ceará - 65 dos 184 - terminaram o mês de janeiro com
saldo positivo de geração de postos de trabalho formal. O dado, retirado do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria Especial do
Trabalho do Ministério da Economia, aponta que mais da metade (65%) das cidades
no Estado fechou o primeiro mês de 2019 encerrando vagas de trabalho ou não
abrindo nenhuma.
O
levantamento aponta que o Ceará, ao todo, findou o mês de janeiro com 4.982
empregos formais a menos, impulsionado pelos resultados negativos do comércio,
que fechou 2.921 vagas, da construção civil (1.031), e da indústria da
transformação (619).
Contudo,
Erle Mesquita, coordenador de estudos de análise de mercado do Instituto de
Desenvolvimento do Trabalho (IDT), avalia que o resultado pode ser observado
como normal para o começo ano. Segundo ele, nesse período, algumas empresas
ajustam o quadro de funcionários depois das contratações temporárias para
atender à alta da demanda durante as festas de fim de ano, como o Natal.
"Em
primeiro lugar, esse é um resultado típico, pois janeiro é marcado pelo fim do
ciclo de empregos de alguns setores, como comércio e indústria. Ano passado,
tivemos um resultado atípico para janeiro, com uma alta de empregos. Foi
segurado pela indústria, que vinha tendo resultados muito ruins em 2015 e
2016", explica o coordenador.
Mesquita
ainda afirma que o resultado positivo apresentado em alguns municípios não
podem ser encarados como uma movimentação geral, fator que se espalharia por
uma região ou área maior do Estado. De acordo com o coordenador, o desempenho
favorável é reflexo de questões pontuais, referentes a cada localidade, como
Canindé, onde a construção civil foi determinante para encerrar o mês com um
saldo de 105 empregos criados.
Esse
panorama específico se repete em Viçosa, com a administração pública criando
132 postos de trabalho; em Horizonte, com a indústria (132); e em Eusébio, com
os serviços (139). Apesar dos dados positivos nessas localidades, vários outros
municípios apresentaram saldos negativos no período, como a Capital cearense,
que fechou 3.080 postos de trabalho. Fortaleza encerrou o mês como a segunda
capital brasileira que mais perdeu postos de trabalho no País.
"Alguns
municípios acabam tendo resultados positivos por razões específicas, como a
forte movimentação na região do Jaguaribe por conta da proximidade com
Fortaleza e o Porto do Pecém", analisou Mesquita.
Maiores
Geradores de empregos em Janeiro
1.
Canindé – 176; 2. Viçosa do Ceará – 141; 3. Horizonte – 140; 4. Eusébio -139; 5.
Morada Nova – 103; 6. Beberibe – 51; 7. Tianguá – 39; 8. Pacatuba – 28; 9. São
Benedito – 20; e 10. São G. Do Amarante – 17 (Diário do Nordeste)
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