Somente nos últimos três meses do ano passado, foram entregues mais 51 mim m² em condomínios logísticos no Ceará, segundo o levantamento First Look, divulgado pela JLL. FOTO: Alex Costa |
No
encerramento do ano, mais de 42 mil m² estavam alugados no Ceará. A absorção
líquida, que é a diferença entre as locações e as devoluções, atingiu 40 mil
m², sinalizando um baixo volume de restituições. O preço médio cobrado pela
locação do metro quadrado local é de R$ 13,34 - valor 21,7% menor do que a
média da Região (R$ 17,05) e 26,7% mais barato que o praticado no País (R$
18,22).
Modais
estruturantes
O
presidente da Camara Setorial de Logística da Agência de Desenvolvimento do
Estado do Ceará (Adece) e também presidente do Conselho Temático de
Infraestrutura da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Heitor Studart,
reconhece que o setor tem avançado no Ceará. “Nós temos como fatores
preponderantes desse crescimento a logística, a diminuição de custos e a
segurança. Esses condomínios ficam instalados principalmente perto dos
distritos industriais, como Maracanaú e o Complexo Industrial e Portuário do
Pecém (CIPP)”.
Os
condomínios são utilizados por empresas de pequeno a grande porte e ficam perto
de eixos modais estruturantes, como anel viário e BRs, vias que facilitam o
transporte de carga, segundo Heitor. “Nós temos diversos níveis. Alguns condomínios
industriais são vários galpões divididos em uma administração comum, com
auditório, refeitório, bancos, ou seja, você faz um condomínio com custos
distribuídos. Já outros são de instalação do tamanho de complexos industriais
mesmo, como em Guaiúba, que instalou o polo químico. E temos os menores, usados
como entrepostos, uma espécie de depósito de carga para facilitar a
distribuição de produtos”, explica.
Apesar
do avanço, Studart avalia que o segmento não chega a ser uma tendência no
Estado e sim um nicho de mercado para algumas empresas. “É um mercado que se
estrutura muito em outros estados e países, com acesso a áreas portuárias e a
corredores rodoviário e ferroviário, que, no nosso caso, não está desenvolvido,
mas poderia ser”. (Diário do
Nordeste)
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