Transformações da rua Padre Cícero, no passado e hoje. FOTO: Acervo Cariri das Antigas
Uma das vias mais importantes e congestionadas de Juazeiro do Norte, a atual Rua Padre Cícero coleciona fatos históricos, importantes edificações e casarões, um cinema, uma praça, pelo menos duas Igrejas e se transforma em rodovia estadual. 

Hoje abriga ranchos, pousadas, clínicas e prédios comerciais sem fim, poucas casas de porta para a rua, uma das poucas livrarias de Juazeiro, valas em cada lado e um trânsito que requer paciência. No seu fim, em direção ao Triângulo, também há o Arco dos Salesianos, inaugurado em 1953, segundo registro do historiador Roberto Júnior.

Segundo relata Daniel Walker, na década de 1930, era palco preferido para desfiles, marchas, apresentações e mais - perdendo espaço, décadas depois, para Rua São Pedro.

Rua Padre Cícero da mesma angulação da foto anterior em 2019. FOTO: Normando Sóracles
Foi na baixa desta rua em questão que ergueram o primeiro templo católico em Juazeiro. Com duas construções em mesmo nome, uma em 1827 e outra em 1875, de capelinha passou à Igreja Matriz e agora se encontra em condição de Santuário Diocesano. 

A atual Igreja de Nossa Senhora das Dores, concluída em 1884, que toma as Ruas São Pedro e Padre Cícero, viu o crescimento de Tabuleiro Grande ao que hoje Juazeiro significa: terra fértil em negócios e expoente do Cariri para o país. Padre Cícero mesmo foi capelão nesta em meados de 1872.

Já em 1940, tem-se uma imagem mais semelhante ao que acontece hoje. FOTO: Acervo Cariri das Antigas
Também na Rua Padre Cícero está a antiga biblioteca e o Instituto Santa Tereza, de D. Amália Xavier.

A povoação da antiga “Joaseiro” registrava em 1909 um total de 18 ruas, 4 travessas, etc., com a população de 15.050 habitantes, segundo levantamento do historiador Daniel Walker a partir de documento apresentado à Assembleia Legislativa do Ceará,  provavelmente organizado por Dr. Floro Bartholomeu da Costa. 

Apenas na Rua Padre Cícero existiam mais de 2 mil habitantes.              

(Por Alana Soares – Site Miséria)

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