Só a saída dos médicos cubanos causou a desassistência de 28 milhões de usuários do SUS. FOTO: Bruno Gomes |
Os
modelos regionais se baseiam na oferta
de bolsas de estudo, sem vínculo empregatício. Os médicos
selecionados farão residência ou especialização em medicina de família e, ao
mesmo tempo, atender em postos de saúde.
No Ceará, segundo estado mais
afetado pela saída dos médicos cubanos e de brasileiros, o recém-criado programa Médicos
da Família prevê bolsas mensais no valor de R$ 11,8 mil. Fortaleza foi o
primeiro município a aderir à iniciativa e, a partir de julho, contará com 140
novos médicos.
O Espírito Santo desenha
projeto semelhante e, no próximo mês, deve abrir edital para a seleção. O Tocantins segue o mesmo
caminho. Campinas (SP) aprovou lei criando o programa Mais Médicos Campineiro,
que prevê 120 vagas de residência ou especialização em medicina de família.
Só
a saída dos médicos cubanos causou a desassistência de 28 milhões de usuários do SUS,
segundo a Confederação Nacional dos Municípios.
Na
quinta (13), o secretário de Atenção Primária à Saúde, Erno Harzheim, disse em
audiência pública na Câmara dos Deputados que o ministro Luiz Henrique Mandetta apresentará
aos parlamentares um esboço do programa que substituirá o Mais Médicos a partir
da próxima semana – anteriormente, Mandetta havia prometido o envio do projeto
entre abril e maio.
A
ideia, segundo ele, é colher opiniões, críticas e sugestões para, então,
elaborar o texto final. Uma das propostas do novo projeto, que envolverá entre 13 mil e 14 mil vagas, é
oferecer valores diferentes de remuneração nas cidades mais distantes, como
forma de atrair os médicos.
(Folhapress)
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