FOTO: Valter Campanato
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"Evidentemente
pode ter havido alguma troca de mensagens, mas nada que não tenha sido normal
se fosse presencial. Não estou dizendo que reconheço autenticidade, não tenho
como dizer disso. Do texto, como eu li particularmente e muitas outras pessoas
que se pronunciaram sobre o assunto não viram qualquer espécie de
infração." Ele ainda levantou a possibilidade de as mensagens terem sido
alteradas antes de serem publicadas. Moro alegou não possuir mais o conteúdo
das conversas.
O
ex-juiz da Lava Jato registrou que seu
celular foi atacado no dia 4 de junho e que informou o
ocorrido à Polícia Federal. De acordo com informações citadas por ele, não
houve captura do conteúdo do aparelho. Ele reconheceu ter usado o
aplicativo Telegram durante
um período e parado de usar o mesmo em 2017.
Engano
Moro
ainda afirmou que se enganou quando pensou que, saindo do magistrado, os ataques contra seu trabalho iriam
acabar. "Eu sempre agi conforme a lei", declarou. "Não foi algo
fácil, fui sempre constantemente vítima de ataques. Pensei que, saindo da
magistratura e vindo a assumir essa posição de ministro, tenha se passado esse
revanchismo, esses ataques ao trabalho do juiz enfrentando ali a corrupção com
aplicação imparcial da lei, teriam acabado, mas pelo jeito aqui me
enganei."
O
ministro classificou o caro como uma invasão feita por um grupo criminoso organizado.
Ele levantou três possibilidades como objetivos de uma eventual organização
criminosa: invalidar condenação por corrupção e lavagem de dinheiro,
obstaculizar investigações em andamento ou "simplesmente" atacar
instituições. (Estadão)
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