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Chegada de empresas de embalagens no Ceará sinaliza otimismo FOTO: Natinho Rodrigues |
No
fim de agosto, a multinacional Diageo, proprietária das marcas Ypióca, Johnnie
Walker e Smirnoff, anunciou um investimento de R$ 100 milhões em seu novo
complexo industrial, em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF),
previsto para entrar em operação até o segundo semestre de 2020.
No
início de setembro, a Klabin, maior produtora brasileira de papéis para
embalagem e embalagens de papelão ondulado, acertou com o Governo do Ceará a
instalação de uma fábrica de embalagens em Horizonte, também na RMF, com
investimento de R$ 500 milhões. A informação, divulgada pelo colunista do
Diário do Nordeste Egídio Serpa no dia 3 de setembro, foi confirmada ontem pela
empresa à reportagem.
Segundo
Douglas Dalmasi, diretor de Embalagem da Klabin, a escolha da cidade se deu por
apresentar um local disponível com toda a estrutura necessária para a
instalação da fábrica. A primeira fase do investimento, já aprovada pelo
conselho, tem um valor estimado de R$ 48 milhões.
Com
isso, a empresa terá acesso ao mercado, podendo iniciar as operações nos
próximos meses. "Lutamos para entrar em operação ainda neste ano, mas
talvez aconteça no início do próximo ano", afirmou o executivo.
"Encontramos um terreno de um milhão de metros quadrados (m²) e um parque
industrial de mais de 35 mil m², com toda a infraestrutura necessária para a
instalação de um parque industrial. Isso reduziu bastante o valor do investimento",
explica Dalmasi.
Nessa
primeira fase, informa o executivo, a unidade produzirá apenas caixas de
papelão ondulado, a partir de papel reciclado que virá de Pernambuco e fibras
virgens que serão transportadas via cabotagem do Paraná e Santa Catarina.
Segundo ele, neste início a empresa também deve transferir capacidade das
regiões Sul e Sudeste, onde tem realizado readequações, para a nova fábrica.
A
próxima fase do investimento, de acordo com o executivo, ainda está sendo
detalhada para aprovação do conselho. A disputa por um novo local para a
instalação da fábrica estava entre os Estados da Bahia, Pernambuco e Ceará, que
se mostrou mais estratégico, conforme explica o executivo, ao facilitar o
acesso também para a região Norte.
Sinalização
Embora
o volume deste investimento seja de grande relevância, o próprio fato de uma
fabricante de embalagens apostar no Estado pode ser considerado ainda mais
significativo, pois reflete confiança no crescimento da atividade industrial
cearense, nos mais variados setores, pelos próximos anos ou décadas.
"A
Klabin é uma empresa centenária que sempre tem um cuidado estratégico muito
grande para manter sua participação de mercado. Então, se eles estão fazendo
isso, é porque o Ceará merece essa confiança", diz o economista e
consultor internacional Alcântara Macedo. "É muito animador para todos os
setores que, no longo prazo, terão maior disponibilidade de matéria-prima,
podendo refletir na redução de custos". (Diário do Nordeste)
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