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FOTO: JL Rosa |
Em
setembro, a dívida média do consumidor da Região Metropolitana de Fortaleza
(RMF), segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará
(Fecomércio-CE), era de R$ 1.508. O núcleo de dados do Sistema Verdes Mares, a
partir de informações o Banco Central, estima que, após um mês de atraso, o
consumidor pagará cerca de R$ 196,04 apenas de juro rotativo. Após três meses,
esse valor sobe para R$ 667,89.
A
partir desse patamar, observou que, além de quase duas cestas básicas (no valor
médio de R$ 402,84 em agosto), também é possível percorrer 1,8 quilômetros de
carro, tendo como base o valor médio da gasolina no Ceará na semana entre os
dias 8 e 14 de setembro (R$ 4,57) e a quilometragem da Chevrolet Onix (12,9
KM/l), que foi o carro mais vendido no Brasil no primeiro semestre.
Para
aqueles que estão querendo construir ou reformar, o custo com juros para o
atraso de três meses no pagamento da fatura daria para adquirir 36,2 sacos de
cimento de 50 quilos cada.
Caso
o consumidor atrase ainda mais o pagamento, aos 6 meses, ele já terá de arcar
com R$ 1.631,58 apenas de juros. Esse montante chega ao R$ 5.028,46 com um ano
de atraso. Após 24 meses, os juros já somarão R$ 26.824,44.
O
presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará
(Ibef Ceará), Luiz Antonio Trotta Miranda, aponta que o juro rotativo é um dos
mais altos disponíveis ao consumidor juntamente com o cheque especial.
"Ele está em torno de 12,5% 13% ao mês. Ao ano, ele chega a 300%, ou seja,
todo ano sua dívida é triplicada", destaca.
Ele
alerta que os cartões tem um mecanismo de facilitar o aumento da dívida que é o
pagamento mínimo da fatura. "O consumidor se ilude pagando só aquele
valor, mas ele não sabe que está imbutido juros altíssimos", afirma.
Miranda
orienta que o consumidor tem que ter em mente que o cartão é um dinheiro
que ele vai ter que pagar no mês seguinte. "É um recurso que vai ter
que sair do orçamento. Tem que ter muito cuidado exatamente para não perder o
controle. Quem não tem um orçamento organizado, é melhor evitar usar o
cartão, porque ele só vai ver o quanto gastou quando vem a fatura e pode ser
tarde demais". Ele também aconselha a não ter muitos cartões, o que pode
contribuir a se perder nas contas. (Diário do
Nordeste)
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