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Procissão vai percorrer as principais ruas de Juazeiro do Norte na tarde deste domingo (15). FOTO: ELIZANGELA SANTOS |
Diante
da graça alcançada, ela viajou de Maceió (AL) até o Cariri cearense para
agradecer ao santo popular dos romeiros. De joelhos, Dinelva entrou na Capela
de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde o "Padim" está sepultado.
No túmulo, coloca a foto de sua netinha de quando ainda era um bebê. "Foi
uma bênção. Hoje, ela está com saúde. Uma graça maravilhosa. Foi muita
emoção", lembra.
A
alagoana é uma das milhares de pessoas que peregrinaram até Juazeiro do Norte
para celebração da Romaria de Nossa Senhora das Dores, padroeira da cidade. As
festividades tiveram início no último dia 8 e se encerram hoje (15), com estimativa,
da Igreja Católica, de que 60 mil fiéis participem da tradicional procissão com
a imagem de Nossa Senhora das Dores, que terá início às 17h. Após o cortejo
acontecerá a Bênção do Santíssimo Sacramento e depois show pirotécnico.
Roteiro
e tradição
De
várias partes do Nordeste, os romeiros se aglomeram nas proximidades da
Basílica de Nossa Senhora das Dores, onde fazem o "roteiro de fé"
pelas ruas do Centro de Juazeiro. Cada um deles traz uma motivação diferente
para pisar a terra que consideram a "nova Jerusalém". Fé, tradição
familiar, trabalho. Os sacrifícios também são muitos. Horas e mais horas de
estradas. Alguns economizam o ano inteiro para não deixar de estar presente em
mais uma romaria.
Maria
da Conceição Januário, romeira de Maragogi (AL), por exemplo, percorreu quase
680 quilômetros do município alagoano até Juazeiro do Norte. Com fé no Padre
Cícero, em Frei Damião e na "Mãe das Dores", como carinhosamente é
chamada a padroeira juazeirense, foi agradecer por voltar a andar após sofrer
com a Chikungunya. Este trajeto ela faz desde 1979. "Fiquei com muitas
dores. Andava me arrastando pelo chão. Era da cama para o banheiro. Fiquei
curada. Sempre venho para agradecer com muito orgulho", afirma.
"Já
perdi as contas de quantas vezes vim aqui", confessa Maria de Lourdes da
Silva, que trouxe um pedido diferente ao "padrinho": orou para seu
filho parar de beber. "E está deixando", garante. A comerciante
Margarida dos Santos também viajou até Juazeiro para, segundo ela, agradecer
"o milagre de ver o filho voltar a andar após ter sido operado".
"Ele nasceu aleijado. Trouxe ele para cá em cima de um caminhão. Chegou
aqui e ficou bom. Meu Padre Cícero iluminou o caminho", garante a romeira
de Maceió (AL).
(Diário do Nordeste)
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