O
GeoPark Araripe completa 13 anos, com uma marca internacional de um dos
projetos mais relevantes do ponto de vista de valorização do geoturismo, da
geoconsevação e geoeducação. O projeto integra o programa de Rede Global de
GeoParks junto à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (Unesco).
Abrange
seis municípios da região do Cariri, englobando o território as cidades de
Crato, Juazeiro do Norte, Santana do Cariri Nova Olinda, Missão Velha e
Barbalha, com nove geossítios.
Para
o reitor da Universidade Regional do Cariri (Urca), Francisco do Ó Lima Júnior,
falar do GeoPark nesses 13 anos é destacar uma trajetória vitoriosa, através do
Programa de Geoparques da Unesco, com uma grande ação que envolve todos os
atores do território.
“Tem
uma raridade do ponto de vista geológico, para explicar a vida no planeta, mas
que se desdobra em outros atributos, como em outros valores, a exemplo das
riquezas da biodiversidade, hídricas, do grande patrimônio identitário”,
afirma. Para o reitor, nesse período houve uma consolidação e fortalecimento do
projeto, e a população vem tomando consciência dessa grande riqueza que temos
para preservar.
Segundo
avalia, do ponto de vista concreto são grandes vitórias, com o olhar maior da
sociedade para o potencial do geoturismo, hoje com guias, associações, esporte
de aventura e uma rede hoteleira. Por conta do impulsionamento dado pelo
GeoPark, houve uma profissionalização maior desses setores com um conjunto de
realizações.
Do
ponto de vista científico, Lima Júnior chama a atenção da riqueza, em todos os
níveis, incluindo a geológica e paleontológica.
Comemorar
13 anos, diante de uma agenda passada que nos trouxe até aqui, com uma equipe
científica, incluindo um concurso internacional, o Gea Terra Mãe, é tornar cada
vez mais a sociedade dona desse GeoPark, e a Urca tem essa grande
responsabilidade de ser gestora, olhando para o futuro, através da Rede Global
de Geoparques”, ressalta o reitor da Urca. Para ele, olhar para o futuro, é
valorizar o desenvolvimento natural e sustentável do território do Araripe.
Parcerias
destacadas
O
diretor executivo do GeoPark, Nivaldo Soares, destaca a importância das
parcerias com diversas organizações do território, incluindo os setores
público, privado e organizações sociais, na busca de promover o desenvolvimento
sustentável.
É
importante ressaltar, conforme o diretor, a valorização do patrimônio
histórico, cultural e geológico, além de promover a integração do Cariri,
tornar a região mais atrativa, e divulgá-la para o Brasil e o mundo. Isso, além
de promover geração de emprego e renda.
Ele
avalia a adequação e aprendizagem nesses 13 anos, dentro dessa lógica da
integração e do reconhecimento do espaço com esse patrimônio material e
imaterial. Isso inclui trabalho educativo e formativo, que se tem feito, além
do reconhecimento da própria Unesco e inicialmente da rede europeia de
GeoParks, a Rede Global de GeoParks, e uma absorção do projeto a nível mundial
pela Unesco.
O
GeoPark já passou por três avaliações técnicas, com êxito. O terceiro resultado
será divulgado oficialmente em breve, na conquista de mais uma avaliação
positiva. Os avaliadores estiveram recentemente no Cariri e fizeram observações
positivas sobre o território e suas conquistas.
O
primeiro criado nas Américas e único no Brasil reconhecido pela Unesco, o
Geopark Araripe, sob gestão da Urca, é potencializador do desenvolvimento
regional. Segundo o diretor de Cultura do Geopark, Patrício Melo, em uma década
houve investimentos acima de 10 milhões de reais no melhoramento receptivo
turístico dos municípios de Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha, Missão Velha,
Santana e Nova Olinda, que abrangem os geossítios nesses espaços.
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