O
novo superintendente do Ibama no Ceará, o coronel Ricardo Célio Chagas
Bezerra, é dono de uma fazenda de exploração de madeira em Itupiranga, no
interior do Pará. Filiado ao PSL, Bezerrinha, como é chamado, disputou a
eleição no ano passado, obteve 13.000 votos e ficou como suplente de deputado
federal. A nomeação dele foi assinada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo
Salles, e publicada no Diário Oficial da União no dia 2 de setembro.
Bezerra
é dono da fazenda Arapari, localizada na rodovia Transamazônica, quilômetro 27,
na altura de Itupiranga. Conforme os registros, a principal atividade econômica
da fazenda é “extração de madeira em florestas plantadas”. Em seu perfil no
Facebook, ele se descreve como um empresário da área de logística, que
desenvolve “atividade agropecuária nos estados do Ceará e Pará”.
Na
lista de bens declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bezerra figura
como proprietário de dois terrenos, um avaliado em 3,5 milhões de reais e outro
de 160.000 reais.
Graduado
na Academia Militar das Agulhas Negas, Bezerra é coronel da reserva do
Exército, com especialização em paraquedismo e guerra na selva. Ele foi
comandante de batalhões no Pará e no Amazonas.
Durante
a campanha, o seu principal slogan é que ele era o “único candidato do Ceará
oficial do Exército brasileiro”. Ele também é um dos coordenadores do Movimento
Direita Ceará, que apoiou a campanha do presidente Jair Bolsonaro pela região
Nordeste.
No
Facebook, o novo chefe do Ibama se mostra um crítico ferrenho de ONGs que atuam
na região amazônica e das “notícias sensacionalistas” que relatavam aumento no
desmatamento neste ano. No dia 23 de agosto, ele fez um post dizendo que
todos os presidentes que antecederam Bolsonaro “lotearam nossa Amazônia com
100.000 Ongs”. “Safados, oportunistas, venderam nossas riquezas, nossa
soberania. Traidores do povo e da nação”, escreveu. Na publicação, aparecem as
imagens de Sarney, Collor, FHC, Lula e Dilma.
(Fonte:
Revista Veja)
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