O Censo de 2020 vai revelar se seis municípios do Cariri conseguiram reduzir a taxa de mortalidade infantil. Antonina do Norte, Baixio, Salitre, Nova Olinda e Assaré registraram, em 2017, dados preocupantes no que diz respeito ao número de mortes de menores de um ano por mil nascidos vivos. A Taxa de Mortalidade Infantil no Brasil indica o risco de um nascido vivo morrer durante o seu primeiro ano de vida. A taxa geralmente é classificada como alta (50 óbitos por mil nascidos vivos), média (entre 20 e 49) e baixa (menos de 20). 

As maiores taxas registradas no Cariri são das seis cidades que passaram a ser classificadas na categoria “média”. Penaforte registrou 36 óbitos de crianças menores de um ano para cada mil nascidos vivos. Ela foi seguida por: Baixio (27 óbitos), Salitre (22), Nova Olinda (21) e Assaré (20). As menores taxas do Cariri foram assinaladas por Mauriti (6,95), Porteiras (7,41), Potengi (7,87), Campos Sales (8,26) e Várzea Alegre (8,55).

“Entre os anos de 2017 a 2019, tivemos uma redução significativa nos índices de Mortalidade infantil, devido às ações realizadas pelas 10 equipes de Atenção Básica e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família, em conjunto com as redes de Atenção à Saúde”, declara a secretária de Saúde de Assaré, Roberta Almeida Norões. 

A gestora enfatiza as principais ações desenvolvidas no município e que devem ser comprovadas no próximo censo. As ações estão organizadas em cinco eixos: planejamento familiar; assistência ao pré-natal; assistência ao parto; assistência ao recém-nascido; e assistência à criança na Unidade Básica de Saúde. Entre as atividades, destacam-se: estímulo ao uso de métodos contraceptivos; assistência pré-natal nas unidades básicas de saúde; atendimento humanizado às parturientes, estímulo ao aleitamento materno, entre outras. 

Ainda em 2017, a cidade do Crato alcançou o melhor índice na taxa de mortalidade da história do Município, com 9,82. Segundo o secretário de Saúde, André Barreto, o município desenvolve ações semelhantes às citadas por Assaré. Na Atenção Básica, são fornecidos pré-natais para as gestantes e avaliação completa para os bebês, além do ambulatório composto por médicos especialistas em pediatria e uma recente Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal que, na visão do gestor, é um avanço para o atendimento de crianças que nascem em risco de vida. 

“No entanto, esse ano tem nos preocupado muito. Em todo o Brasil, a mortalidade infantil tem aumentado. Há várias razões pra isso. A primeira delas é a crise econômica que atinge as famílias. A segunda é a crise econômica que atinge os municípios e seus serviços”, pondera André Barreto.                (Fonte: Jornal do Cariri)

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