Os internos Fernando Freire Júnior e Francisco Michael denunciaram os maus tratos. FOTO: Normando Sóracles |
Após
denúncias, a promotoria resolveu fazer uma diligência na casa e encontrou ao
menos um interno algemado dentro de uma cela. De acordo com as autoridades, o
lugar se assemelha a uma garagem escura, sem banheiro e apenas com um buraco no
chão para necessidades fisiológicas. No momento da abordagem, um homem se
identificou como vigilante, mas na verdade tratava-se de uma pessoa com
dependência química, e trabalhava em troca de comida e estadia.
Na
delegacia, dois internos relataram que na Casa de Jacó, localizada no bairro
Tiradentes, os próprios funcionários vendiam drogas. Em conversa com o Miséria,
um usuário relatou que chegou a trocar um ventilador por um cigarro de maconha.
As denúncias serão formalizadas perante a Delegacia de Polícia Civil junto com
a defesa das vítimas.
Ainda
segundo relato do MPCE, na casa foi encontrado um idoso de 64 anos com um
vazamento de ar no pulmão. Após atendimento pelo SAMU ele foi enviado para o
Hospital Regional do Cariri, onde deve passar por uma cirurgia urgente.
Em
uma página oficial do Facebook, a Casa de Jacó é identificada como um centro
terapêutico especializado em tratamento de dependência química, incluindo
álcool e drogas. Para se manterem no local, os internos pagavam um salário
mínimo. O Dr. Flávio Côrte diz ainda que por vezes a família não sabem da
situação vivida por quem está internado na instituição.
Após
a constatação dos fatos de maus tratos e cárcere privado, a Promotora de
Justiça Alessandra Magda iniciou os procedimentos para um Termo de Ajustamento
de Conduta. Será avaliada a possibilidade de pedidos de prisão para os
responsáveis pela casa. De acordo com um interno, o local é mantido por um
homem identificado como Jacó, junto com sua esposa.
Os
responsáveis não se pronunciaram nem atenderam as ligações até o fechamento
desta matéria.
(Fonte:
Site Miséria)
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