Imunização de crianças e adolescentes é ação mais eficaz no combate à doença. FOTO: HELENE SANTOS |
Os
óbitos se referem a duas classificações da enfermidade. A Doença Meningocócica
(DM), transmitida por bactéria e que apresenta maior taxa de letalidade,
vitimou 16 pessoas. Já a categoria “outras meningites”, que podem acontecer em
decorrência de vírus e fungos, foi responsável por 22 mortes no Estado, em
2019.
Óbitos
No
caso da DM, foram 12 mortes em Fortaleza; Aquiraz, Maracanaú, Iguatu e
Caririaçu tiveram uma ocorrência cada. Já com “outras meningites”, foram seis
mortes em Fortaleza. Outras 14 cidades também relacionaram óbitos em
decorrência da doença. Conforme o Ministério da Saúde, a meningite é
considerada endêmica, ou seja, “casos da doença são esperados ao longo de todo
o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais”.
A
meningite tem transmissão aérea, e seus agentes etiológicos se espalham mais
facilmente em ambientes fechados, por tosse ou espirro. Segundo a Secretaria da
Saúde do Estado, a meningite causada por fungo e vírus geralmente apresenta
casos menos graves. Quando é transmitida por bactéria, tem maior risco de óbito
ou sequelas, como convulsões, surdez, perda de memória, falência nos rins,
acidente vascular cerebral (AVC) e outros graves danos cerebrais.
Um
boletim epidemiológico da Pasta explica que, mesmo quando a doença é
diagnosticada precocemente e um tratamento adequado é iniciado, entre 5% e 10%
dos pacientes não resistem e vêm a óbito, normalmente, 24 ou 48 horas após o
surgimento dos primeiros sintomas. Sem tratamento, até 50% dos casos podem
resultar em morte.
Sintomas
Os
principais sintomas incluem febre alta repentina, dor de cabeça e na nuca,
rigidez no pescoço e vômito. Também podem aparecer náuseas, convulsões,
sonolência ou dificuldade para acordar, sensibilidade à luz, falta de apetite e
manchas ou rachaduras na pele. Bebês recém-nascidos podem apresentar moleira
elevada e inquietação.
De
acordo com o Ministério da Saúde, todas as faixas etárias podem ser acometidas
pela doença, mas o maior risco de adoecimento está entre crianças menores de
cinco anos, e especialmente as menores de um ano de idade. Por isso, indica que
manter a caderneta de vacinação em dia é a forma mais eficaz para a prevenção.
O Programa Nacional de Imunização oferta quatro tipos de vacina – BCG,
pentavalente, meningocócica C e pneumocócica v-10 – que protegem contra a
doença. (Diário do
Nordeste)
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