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Carros tiveram os pneus furados em frente a batalhões de polícia em Fortaleza. FOTO: José Leomar |
No sábado (22), a Polícia Militar informou que 77 policiais militares foram considerados "desertores" por faltarem a convocações da PM. O Governo do Estado informou que não iria divulgar a identidade dos presos ou local onde as prisões foram efetuadas.
Conforme a Polícia Militar, a deserção "consuma instantaneamente figura típica incriminadora". Em caso de condenação, o crime de deserção pode resultar em pena de até três meses de detenção.
A Polícia Militar do Ceará solicitou ainda o corte do pagamento dos policiais desertores. O pedido será julgado pela Justiça Militar.
Batalhão para manter policiais detidos
O Governo do Estado criou também um batalhão de custódia, onde ficarão os policiais detidos por aderirem ao motim da categoria. O batalhão será comandado pelo tenente-coronel Alexandre Rodrigues, atual do Batalhão de Choque, uma equipe especializada da Polícia Militar.
Em portaria da Polícia Militar, a criação do Batalhão de Custódia foi justificada devido a "paredistas deflagrados em território cearense" que praticam "as mais diversas infrações criminais e disciplinares militares".
"Fica criado, de forma temporária, o Batalhão Provisório para Custódia de Crimes Militares, a fim de receber os policiais e bombeiros militares do Estado do Ceará submetidos à inquisas [perguntas feitas em inquérito] e condenações, todas relacionadas com as manifestações de paralisações das atividades."
Policiais afastados
O Governo do Estado determinou ainda o afastamento de 168 policiais militares do cargo; 161 deles por "motim, insubordinação e abandono de posto" e outros sete por incitação ao crime. Conforme a Controladoria Geral de Disciplina, os policiais suspeitos de incitação ao crime postaram vídeos nas redes sociais convocando colegas de profissão para paralisação das atividades.
(Fonte: G1 CE)
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