Após o acordo que encerrou o motim dos policiais militares no Ceará, o presidente Jair Bolsonaro antecipou para esta quarta-feira (4) o fim da ação das Forças Armadas na área de segurança do estado. 

A operação de garantia da lei e da ordem (GLO) tinha previsão de durar até sexta (6). 

Bolsonaro autorizou a GLO no dia 20 de fevereiro, após pedido do governador do Ceará, Camilo Santana (PT). As ações de GLO são determinadas pelo presidente da República. 

Na semana passada, também mediante pedido do governador, o presidente decidiu prorrogar por mais uma semana a GLO. Mas com a volta dos policiais militares ao trabalho, Bolsonaro decidiu antecipar a saída das Forças Armadas.

O Ceará enfrentou uma crise na segurança pública, motivada pelo motim de policiais militares do estado. A categoria se dizia insatisfeita com a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo local. 

Após 13 dias de paralisação, foi assinado na segunda-feira (2) um acordo para encerrar o motim. O acordo foi formalizado e assinado na Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), no Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). 

Entre outros pontos, o acordo prevê que o governo do Ceará irá investir R$ 495 milhões com salários dos policiais militares até 2022. Outra reivindicação dos amotinados, a anistia aos policiais que participaram do movimento não foi aceito pelo governo do estado. 

A Secretaria da Segurança Pública do Ceará deixou de divulgar o número de homicídios ocorridos durante o motim de parte dos policiais militares. 

Conforme o órgão, os dados consolidados de fevereiro serão disponibilizados em breve. Mesmo sem as estatísticas finais, os 225 crimes violentos contabilizados durante nove dias paralisação de PMs superou a conta de homicídios de todo o fevereiro de 2019 no estado.                           (G1 CE)

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