"Tínhamos 38 indivíduos precisando de UTI nas UPAS hoje. E esse número cresce a partir do número de contatos, de contágios, ou de contaminações. Isso faz com que o serviço esteja permanentemente se adequando. Se tudo der certo, o estado do Ceará deve abrir ainda algo em torno de 560 leitos de UTI para dar suporte a essas necessidades", comentou Cabeto.
Já em relação a pacientes que precisam de UTIs, mas para outros problemas que não a Covid-19, a capacidade total de tais leitos está 85% ocupada. "Dentro do sistema público o que estamos vendo é que leitos de UTI que não são Covid têm 85% de taxa de ocupação. E evidentemente são leitos que precisam existir, não dá pra abdicar desses perfis de leitos porque as doenças continuam acontecendo, inclusive tem sido uma preocupação no mundo inteiro os cuidados com doenças crônicas", coloca.
FOTO: Helene Santos |
Mesmo estando com 85% das obras concluídas, o hospital de campanha do Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza começa a funcionar ao meio-dia deste sábado (18) com a abertura de 51 leitos, segundo o prefeito Roberto Cláudio. O início das atividades estava previsto para segunda-feira (20).
“O primeiro bloco com 51 leitos terá oito leitos equipados com ventiladores e monitores caso haja o agravamento de algum paciente e a eventual necessidade de entubá-lo”, diz o prefeito. “É bem possível que, na segunda-feira, a gente já tenha boa parte dele já ocupado. Já tem gente na central de regulação aguardando leitos de internação, que serão transferidas ao longo do fim de semana.”
A unidade temporária iniciará o funcionamento com 204 leitos convencionais para pacientes de média e baixa complexidade. Contudo, segundo o prefeito Roberto Cláudio, a capacidade pode ser ampliada para até 336 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), dependendo da gravidade dos casos, já que existem mais dois blocos semiconstruídos.
“Estamos na reta final do nosso hospital. Estamos na fase de limpeza, mas já temos equipamento, pessoal contratado e treinado que vai chegar aqui na unidade para se integrar, para conhecer a estrutura. Conseguimos manter nosso prazo e vamos entregar em menos de um mês”, ressalta a titular da Secretaria Municipal da Saúde, Joana Maciel.
A secretária Joana Maciel afirma que o hospital não deve ser a primeira opção de atendimento. “Tanto o IJF2 (Instituto Dr. José Frota) quanto o PV terão portas fechadas. Você não pode ir para a emergência deles procurar atendimento para síndrome gripal. Os pacientes serão procedentes das nossas 12 UPAs (Unidades de Pronto Atendimento)”, explica.
Proteção dos profissionais
Maciel também destaca a instalação de locais exclusivos para a desinfecção dos profissionais de saúde que vão atuar no espaço. “Vamos ter essas áreas separadas para minimizar a infecção intranosocomial, quando a doença é adquirida por esses profissionais, que é um problema no mundo todo”, diz.
Conforme o prefeito Roberto Cláudio, a estrutura física do hospital do PV recebeu investimento de R$ 4 milhões. A manutenção dos 204 leitos de internamento iniciais, durante quatro meses, deve estar na ordem dos R$ 35 milhões, incluindo profissionais, laboratório, farmácia, equipamentos. “O custo ao longo dos meses vai depender da demanda, do número de profissionais, de leitos, do tempo de internação”, informa. (G1 CE)
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